Aliansce amplia fatia em cinco shoppings por R$ 574 milhões
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Aliansce amplia fatia em cinco shoppings por R$ 574 milhões


Terceira maior empresa de shopping centers do país, a Aliansce anunciou na noite de ontem a aquisição do controle de cinco empreendimentos no país, nos quais já tinha participação, pelo valor de R$ 574,5 milhões.

Uma linha de crédito no valor de R$ 500 milhões foi obtida com o Bradesco para a conclusão do negócio. Todas as participações nos shoppings adquiridos - Carioca Shopping, Boulevard Campos, Caxias Shopping, Boulevard Campina Grande e Shopping Taboão - pertenciam à Pargim Empreendimentos e Participações, empresa do grupo português SGC, dono da Unidas. Também foi comprado o imóvel da loja âncora da rede C&A no Carioca Shopping.

Dessa forma, a Aliansce adquire a participação do seu maior sócio em empreendimentos - a Pargim decidiu se desfazer dessas operações no Brasil e procurou a empresa - e passa a ter o controle acionário de quase todos os 14 centros de compras de sua carteira. A partir de agora, a empresa terá menos de 50% de participação em apenas dois shoppings - Santa Úrsula e Grande Rio. "Investimos para ampliar o controle dos negócios que já tínhamos, ou seja, crescemos sem precisar aumentar o custo fixo da companhia", disse Henrique Guerra, presidente da Aliansce, após anúncio ao mercado.

De acordo com o fato relevante divulgado, a empresa adquiriu 60% do Carioca Shopping, 50% do Boulevard Campos, 49% do Caxias Shopping, 40,1% do Boulevard Campina Grande, 40% do Shopping Taboão e o controle total da âncora C&A do Carioca Shopping. Segundo Guerra, a taxa de participação média do grupo em seus shoppings em operação passou de 56% para 68% com as operações anunciadas ontem.

Há menos de um mês, a Aliansce anunciou a aquisição do controle do Shopping Iguatemi Salvador por R$ 81,4 milhões, dentro da estratégia de consolidar posição em seus empreendimentos. Pelos cálculos da empresa, nos negócios chamados por ela de "nova geração", formado por oito shoppings com menos de cinco anos de operação, em apenas dois a Aliansce tem menos de 50% de participação.

A companhia ainda consegue, com essa negociação, se distanciar da Iguatemi Empresa de Shopping Centers no ranking geral de área bruta locável do setor.

A empresa passa a somar 59,5 mil metros quadrados ao ABL próprio - equivalente a 21,6% do total do grupo - e se consolida na terceira posição do ranking. Até setembro, a Aliansce somava 275,7 mil metros quadrados de ABL próprio, apenas 5 mil metros a mais que o Iguatemi, e agora passa a acumular ABL próprio de 335,2 mil metros quadrados.

Considerando números pro forma, a margem de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do terceiro trimestre do ano aumentaria de 71,9% para cerca de 74% ao se incluir as aquisições.

Pelo acordo fechado com o Bradesco, a linha de crédito disponível para essa operação será de R$ 500 milhões com pagamento em 15 anos e um ano de carência de principal. "Olhamos muitas alternativas de financiamento, inclusive BNDES. Mas temos investidores estrangeiros e, pelo banco de fomento, não teríamos uma linha tão interessante quanto a obtida no Bradesco", disse Guerra.

A taxa a ser paga será Taxa Referencial de Juros (TR) mais 11,5% e, durante a carência do principal, o pagamento será realizado em parcelas semestrais, passando a mensal a partir do inicio do pagamento do principal. A empresa ainda emitirá R$ 185 milhões em debêntures, que devem entrar no caixa para reforçar a posição financeira. Esses recursos são necessários porque a Aliansce ainda tem orçamento de R$ 284 milhões para investimentos em expansão ao longo de 2012. Quatro dos cinco shoppings adquiridos já têm ampliações programadas.

Do investimento total de R$ 574,5 milhões nas aquisições, a empresa desembolsará R$ 537 milhões para pagamento em dinheiro e assumirá dívidas de cerca de R$ 37,5 milhões a um custo médio de TR mais 10,8%. Dados do balanço do terceiro trimestre mostram que, em setembro, a empresa acumulava baixo endividamento a curto prazo, com exposição maior no longo prazo e uma relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado de 2,2 vezes. A expectativa do mercado é que essa relação entre dívida e Ebitda cresça com a operação a taxas mais elevadas, o que ainda não foi calculado pelos analistas. "Acreditamos que isso não deve subir tanto a ponto de ser algo preocupante", disse Guerra. O caixa líquido médio da empresa em 2012 deve ficar em R$ 300 milhões, calculou a companhia. Por Adriana Mattos
Fonte:ValorEconômico 10/01/2012



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