Barra Energia tem US$ 1 bi para mais aquisições
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Barra Energia tem US$ 1 bi para mais aquisições


A Barra Energia, novata no setor de petróleo no Brasil, escolheu uma das regiões mais cobiçadas pela indústria global de óleo e gás para iniciar o desenvolvimento de seu portfólio: o pré-sal da bacia de Santos. Para o diretor-presidente da empresa, João Carlos De Luca, a compra de uma participação de 10% da Shell no bloco BM-S-8, em pleno cluster do pré-sal de Santos, "foi uma estreia em grande estilo".

"Estar nessa área é o desejo de muitos, por isso mesmo a satisfação de anunciar essa compra", disse De Luca nesta terça-feira, algumas horas após a empresa ter tornado público o negócio, o primeiro de vários que deverão acontecer devido ao caixa de US$ 1 bilhão de dólares disponíveis para aquisições.
A Barra Energia pagou US$ 175 milhões pela fatia no ativo que é operado pela Petrobras , dona de 65% do bloco. Para De Luca, o quadro técnico da Barra foi um dos fatores fundamentais para que, mesmo pequena, a empresa conseguisse entrar no cluster.

"Nossos técnicos são um diferencial importante, com uma equipe doméstica e internacional muito respeitada pelo mercado, que vai abrir oportunidades importantes como esta", disse o executivo. Além de De Luca, ex-funcionário da Petrobras e há anos presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), a diretoria da empresa conta com Renato Bertani, Cesar Cainelli, Luciano Chagas, também ex-Petrobras, entre outros.

Novas compras
Criada em maio do ano passado com a entrada de um sócio-investidor - a empresa de private equity First Reserve Corporation, que injetou US$ 500 milhões -, a Barra Energia tem agora US$ 1 bilhão para adquirir ativos, informou De Luca.

"Temos visto oportunidades no mercado, estamos analisando, mas ainda não podemos abrir nada. São conversas preliminares enquanto estamos nos preparando para a 11ª rodada", disse, referindo-se ao leilão de áreas de petróleo e gás natural do governo brasileiro previsto para ser realizado este ano.

A compra de participações em blocos diretamente com a concessionária, um movimento conhecido como 'farm in', tem sido uma prática comum no Brasil para tentar suprir a falta de licitações públicas.

A última grande rodada para exploração de petróleo ocorreu em 2007. A pausa nas licitações ocorreu em meio aos esforços do governo anterior para reformar a legislação de petróleo, visando elevar as participações do Estado. O foco da Barra Energia são as bacias de Campos e Santos, as duas maiores produtoras de petróleo no País.

Confiança na 11ª rodada este ano
Clocando o chapéu do IBP, De Luca disse que tem feito contatos constantes com autoridades do governo brasileiro que garantem a realização da 11ªrodada este ano.

"Estou confiante. Acho que a não aprovação pelo governo até agora foi questão de detalhe de agenda. Tenho estado em contato com autoridades federais e vejo o desejo do governo de promover 11ª rodada", avaliou.
"Talvez no começo de novembro (tenha leilão)", estimou o executivo, "mas essa licitação é importante para atender a expectativa de toda a indústria de petróleo, que está se preparando para participar", afirmou.

Por sua vasta nova fronteira exploratória, o Brasil tem despertado interesse de grupos estrangeiros, representados pelas grandes petroleiras, e também de empreendedores locais.

Entre as novatas brasileiras, estão a OGX , de Eike Batista, a HRT Participações em Petróleo e a Queiroz Galvão Produção e Exploração , todas com ações já sendo negociadas na Bovespa.

A Queiroz Galvão participou da negociação da parte do bloco vendida pela Shell, comprando também 10% de participação que a multinacional tinha no BM-S-8. A Barra Energia informou ainda não ter planos para uma abertura de capital, mas disse que esse movimento é uma opção em aberto para o futuro.
Fonte: Reuters News/Terra05/07/2011



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