Brasil divide atenção de private equity com vizinhos
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Brasil divide atenção de private equity com vizinhos


Peru e Colômbia estão entre os novos mercados cobiçados por investidores, mostra Empea

A evolução do mercado de private equity no Brasil e da economia nacional ajudou a atraiu o olhar de investidores internacionais para a América Latina e agora eles querem ir além do B do BRIC. México, Peru e Colômbia começam a ganhar espaço na carteira e nas intenções dos investidores por trás dos fundos de participação.

Um levantamento da Associação de Private Equity de Mercados Emergentes (Empea, na sigla em inglês) mostra que a América Latina excluindo Brasil desbancou o país como o destino mais atrativo para fazer negócios — seguido de Brasil, China e Sudeste da Ásia.

“Os investidores indicam contínua mudança de rota de aplicações de mercados maduros para emergentes em busca de retorno e, enquanto China e Brasil continuam muito atrativos, esses investidores estão reconhecendo também oportunidades em mercados menos explorados, como Indonésia, Nigéria e Colômbia”, destaca Sarah Alexander, presidente da Empea.

No caso dos países latinoamericanos, os investidores destacam expansão econômica, maior estabilidade política e a crescente classe média, elevando consumo e crédito. Além disso, há forte destaque nos argumentos dos investidores para vetores demográficos, bem como ineficiências estruturais — que abrem espaço para umvolume maior de aportes em infraestrutura, por exemplo.

Não são só os investidores que estão se despertando. Esses países também começaram a se movimentar para ficarem mais atrativos—mesmo os de menor representatividade econômica, como Paraguai e República Dominicana. Esses países têm buscado a Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap), para ter lições sobre como o mercado brasileiro desenvolveu essa atividade e como repetir a experiência.

“O maior interesse é principalmente sobre regulação, já que o Brasil é mais avançado nisso”, destaca Clóvis Meurer, presidente da associação, considerando as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de autorregulação da Abvcap e da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). “Argentina, Peru e Colômbia têm feito um esforço grande, mas economias menores também.”

Em busca de retorno

A pesquisa da Empea é feita anualmente, feita este ano com 106 grupos de investidores, em 28 países, que somam US$ 400 bilhões no mercado de private equity. Este ano, 75% deles projetam comprometimento de capital maior em emergentes para os próximos dois anos, enquanto apenas 26% vai expandir aportes para mercados desenvolvidos. Não é à toa: 72% deles apontam retorno líquido mínimo de 16% nos fundos que aplicam em emergentes, comparado a iguais 26% que acreditam no mesmo retorno em mercados maduros.

Os emergentes ainda tem precificações mais competitivas para entrada de investidor estratégico. Segundo levantamento de performance da Cambridge Associates, considerando dados até 30 de setembro do ano passado, o investimentos de private equity em emergentes superaram o desempenho dos fundos de mercados desenvolvidos assim como de bolsas nos períodos de três e cinco anos. Os fundos de emergentes entregaram taxa interna de retorno média de 12% nos dois períodos, ante 7% e 5% para três e cinco anos, respectivamente, dos mercados acionários emergentes. Por Maria Luíza Filgueiras
Fonte: BrasilEconômico 13/04/2012



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