Corretora de seguros busca aquisições e modelo de franquia
Marcas e Empresas

Corretora de seguros busca aquisições e modelo de franquia


Extremamente fragmentado no país, o mercado de corretoras de seguros vem passando por um processo de consolidação, sob a liderança da Brasil Insurance. O processo agora entra em nova fase, prometem executivos do setor, em que o foco das aquisições deixa de ser conquistar tamanho e participação no mercado, para se concentrar no aumento da especialização. O modelo de franquias também começa a ganhar força, com a volta da empresa de investimentos XP ao mercado com esse propósito.

 "No início, o foco das aquisições era o lucro líquido. Agora, a compra é baseada na especialidade ou na questão geográfica", diz Márcio Chaves, diretor operacional da Brasil Insurance. A holding foi criada em 2009, com a fusão de 27 corretoras, e fez sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) em 2010 para levantar recursos para a estratégia de crescimento via aquisições. Depois do IPO, a companhia já fez 24 aquisições. "A partir do ano passado, passamos a absorver estruturas menores, muitas vezes especialistas em um determinado ramo de seguros, que passaram a fazer parte de uma grande corretora."

 O país tem 27 mil corretores de seguros constituídos como pessoa jurídica e outros 53 mil corretores pessoa física, segundo dados da Susep, órgão regulador do setor. Dos corretores PJ, 7% faturam mais de R$ 1,4 milhão em comissão de corretagem por ano, de acordo com estudo socieconômico do segmento feito pela primeira vez pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) no ano passado.

 "Há muito espaço para consolidação. Na aquisição, você traz empreendedores para dentro de casa que fomentam a inovação, diz Marcelo Munerato, presidente da Aon no Brasil.

 Os dados desse mercado são escassos no país e não há informações sobre o faturamento total do setor, nem um ranking de empresas. O mais perto que há disso é um levantamento da empresa de pesquisas inglesa Finnaccord apenas de corretores de seguros patrimoniais (não inclui seguro de vida e previdência). Segundo o levantamento, elas faturaram R$ 2,5 bilhões em 2011, lideradas pelas estrangeiras Aon (com 9,9% do mercado), Marsh (8,7%) e MDS (2,8%), seguida pela Brasil Insurance (2,4%).

 "Há corretores com um forte nível empreendedor, que têm conhecimento técnico e capacidade de alcance em nichos específicos, mas que em um dado momento atingiram um certo patamar [de tamanho] que têm dificuldade de superar", diz Eugênio Paschoal, presidente-executivo da Marsh Brasil. "Elas ainda têm capacidade comercial, mas se vêm limitadas pela capacidade de entrega e maior alcance. Esses são os maiores alvos de consolidação."

 Segundo Paschoal, a matriz da companhia tem capital disponível para investimento e o Brasil está dentro do grupo de expansão. Ontem, a Marsh anunciou parceria com a corretora GPS Pamcary, especializada em riscos para transportes, para reforçar sua atuação nessa área.

 Outro caminho de expansão que ganha espaço no setor é o de franquias, modelo já usado pela Seguralta e no qual a XP Investimentos quer entrar. A empresa abriu sua corretora de seguros em 2008 com foco no varejo, para oferecer seguros de carros, vida e residência por meio de sua rede de agentes autônomos. O modelo, porém, não deu certo, pois o agente autônomo não via muita rentabilidade no negócio, além de afetar sua atividade principal, ligada a produtos de investimentos.

 "Estamos reestruturando o negócio e estudando o modelo de franquias", diz Christian Wellisch, diretor da XP Seguros. O foco também mudou, do varejo para o corporativo, para oferecer seguros para empresas. Segundo o diretor, a corretora terá como canal de distribuição sua força de vendas própria, onde entra o modelo de franquias. "A ideia é que tenhamos uma rede tão grande quanto a da XP. Acreditamos que dentro de três a cinco anos podemos chegar a até 1.200 franquias", diz. Ele explica que elas podem ser tanto de agentes autônomos que se interessarem pelo negócio quanto de corretores de seguros de fora. As empresas investidas dos acionistas da XP, as gestoras de private equity Actis e General Atlantic, também serão potenciais clientes.

 "Isso não descarta, porém, aquisições", diz Wellisch. Segundo ele, já existem algumas corretoras de nicho no radar, sem revelar quais. A meta é atingir receita de comissão de corretagem de R$ 100 milhões em três anos.

 Quando as companhias não conseguem fazer aquisições para expandir sua atuação, o caminho encontrado é abrir filiais. "Se tivermos oportunidade preferimos comprar, mas se não encontramos companhias com o nosso perfil, abrimos uma operação do zero", diz Hélio Novaes, presidente da MDS Brasil, que está em vias de abrir uma filial em Pernambuco.  Valor Econômico Por Thais Folego | De São Paulo
Fonte: seguros-se.blogspot 17/01/2014



loading...

- Corretora Britânica Tem Us$ 50 Milhões Para Aquisição
O principal executivo da corretora de resseguros e assessoria de seguros Cooper Gay Swett & Crawford (CGSC) veio ao Brasil na semana passada trazer uma boa notícia, mas acabou voltando para casa com uma nada feliz. Presidente mundial do grupo, o...

- Aon Diversifica E Mira Aquisições Para Dobrar De Tamanho No Brasil
Maior corretora de seguros do mundo, a Aon desenha uma combinação de crescimento via aquisições e foco em clientes corporativos no Brasil para conservar o ritmo de expansão anual de dois dígitos que vem mantendo nos últimos 10 anos no país, disse...

- Brasil Insurance Aprova Meta De R$ 200 Mi Para Aquisições
Empresa de corretoras de seguros ressalta também que propostas de fusão devem ser desconsideradas Entre os produtos que a Brasil Insurance oferece estão seguros saúde e odontológico São Paulo - A Brasil Insurance, empresa de corretagem de seguros,...

- Brasil Insurance Anuncia 11ª Aquisição No Ano, Por R$ 25 Milhões
A Brasil Insurance, holding de corretores de seguros, anunciou há pouco a sua 11ª aquisição no ano. Por um total de R$ 25 milhões, a companhia comprou a Triunfo, de Belo Horizonte, que atua especialmente no ramo de seguros residenciais. Metade...

- Brasil Insurance Fecha Sua Oitava Aquisição No Ano
A holding de corretoras de seguros Brasil Insurance comprou a SHT Administração e Corretora de Seguros por um valor estimado em R$ 10 milhões. Trata-se da oitava aquisição da companhia este ano. Com sede em São Paulo, a SHT atua no segmento de benefícios,...



Marcas e Empresas








.