Crise reduziu número e volume de IPOs no 3º trimestre
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Crise reduziu número e volume de IPOs no 3º trimestre


A atividade global de aberturas de capital caiu acentuadamente no terceiro trimestre de 2011, segundo com o relatório Q3 Global IPO update da Ernst & Young. No período, um total de 284 transações movimentaram US$ 28,5 bilhões, comparados com os 383 IPOs que somaram US$ 65,6 bilhões no trimestre anterior.

Esses números representam uma queda de 26% no número de aberturas de capital e 57% nos valores movimentados. Mesmo na comparação com o mesmo período de 2010, houve recuo de 6% em número de operações e de 46% em volume de capital – naquele período, foram realizados 302 IPOs que movimentaram US$ 52,5 bilhões.

“Os resultados do terceiro trimestre de 2011 mostram que as crises na zona do euro e de débito nos EUA tiveram um impacto profundo no mercado de IPOs e na confiança tanto dos emissores quanto dos investidores”, afirma André Viola Ferreira, líder de Middle Market da Ernst & Young Terco.

“No entanto, há muitas empresas esperando para abrir capital. As companhias estão se preparando e não deixaram de ver o IPO como uma forma de levantar capital. Mas estão esperando pela melhora das condições de mercado.”

No terceiro trimestre deste ano, em todo o mundo, apenas três IPOs movimentaram mais de US$ 1 bilhão. A média de valores das operações caiu em muitos mercados no trimestre, na comparação com o anterior: US$ 100 milhões, contra US$ 171 milhões no segundo trimestre.

Dados da Dealogic, empresa que fornece plataformas para bancos de investimentos e profissionais do mercado de capitais, mostram que 22 IPOs foram adiados e 49 foram cancelados no terceiro trimestre, acima dos 20 adiados mas abaixo dos 76 cancelados no trimestre anterior.

Adiamentos e cancelamentos de processos de abertura de capital ocorreram principalmente devido à volatilidade dos mercados. Porém, aproximadamente 9 de 10 IPOs globais foram precificados dentro ou acima da faixa de preço estipulado pelos bancos no terceiro trimestre, assim como já havia acontecido nos dois trimestres anteriores.

Ásia perde força

Os asiáticos continuaram a dominar as atividades de IPO no terceiro trimestre – foram 138 negócios que movimentaram US$ 13,5 bilhões juntos, ou 47% de todo o capital levantado por esse tipo de operação globalmente. No entanto, esse é o nível mais baixo de capital movimentado desde o segundo trimestre de 2009.

Emissores europeus completaram 69 aberturas de capital que movimentaram US$ 8,8 bilhões. O número é significantemente menor do que o período anterior, que teve 96 negócios e US$ 21,7 bilhões movimentados. Já os americanos levantaram US$ 4,5 bilhões em 41 IPOs, comparados com US$ 11,6 bilhões em 55 operações no segundo trimestre.

Ferreira explica que, no Brasil, muitas empresas chegaram a acessar a Bolsa de Valores com o objetivo de abrir o capital. Porém, apenas 11 colocaram suas ações à venda – e duas delas foram negociadas pelo valor estipulado no lançamento.

“As outras nove foram para frente com preço inferior", segundo Paulo Sérgio Dortas, sócio responsável pela área de IPOs da Ernst & Young Terco. "Ainda há espaço para IPOs na China, mas, para o Brasil, o ano acabou. Começamos 2011 com a expectativa de 30 operações, mas essa previsão não irá se concretizar”, completa.

Quando analisado o volume de capital levantado em IPOs, os principais setores que realizaram operações no terceiro trimestre de 2011 ainda foram o financeiro (US$ 6,8 bilhões em 16 negociações), materiais (US$ 5,8 bilhões e 72 operações) e indústrias (US$ 4,3 bilhões levantados de 48 negociações).

Projeção

“Países asiáticos continuarão a liderar as aberturas de capital”, afirma André Viola Ferreira. “Assim que os mercados estabilizarem, começaremos a ver uma grande onda de IPOs. Os governos precisam agir rapidamente para ajudar a conter a volatilidade dos mercados e restaurar a confiança dos investidores para o mercado de IPOs se recuperar”, conclui. Site: http://www.ey.com.br
Fonte:uol11/10/2011

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Crise impede Brasil de alcançar IPOs esperados, diz Ernst & Young.

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No Brasil, segundo Ferreira, muitas empresas chegaram a acessar a bolsa com o objetivo de abrir o capital, mas apenas 11 colocaram suas ações à venda – e duas delas foram negociadas pelo valor estipulado no lançamento.

“As outras nove foram para frente com preço inferior”, segundo Paulo Sérgio Dortas, sócio responsável pela área de IPOs da Ernst & Young Terco. “Ainda há espaço para IPOs na China, mas, para o Brasil, o ano acabou. Começamos 2011 com a expectativa de 30 operações, mas essa previsão não irá se concretizar.”
Fonte: Valoronline11/10/2011



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