Diversificação da Leme Engenharia, da GDF Suez, começa por bioeletricidade
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Diversificação da Leme Engenharia, da GDF Suez, começa por bioeletricidade


A Leme Engenharia, empresa de consultoria com forte atuação no segmento de energia do grupo franco-belga GDF Suez, negocia a aquisição de duas companhias do setor, sendo uma no Brasil e outra no Peru.

As operações, que estão em fase de "due diligence" (auditoria) e devem ser concluídas em 2015, fazem parte da estratégia da empresa de diversificar suas atividades no Brasil e expandir a atuação na América Latina.

"Chegamos a um ponto em que é difícil um crescimento orgânico. Então estamos adquirindo uma empresa agora em 2015 para focar principalmente na área de infraestrutura. Nossa visão de continuar crescendo como a gente sempre cresceu na área de energia, principalmente em Hidrelétricas no Brasil, será cada vez mais difícil", disse o presidente da Leme Engenharia, Flavio Campos, ao Valor, sem mencionar o nome das empresas.

A companhia prevê fechar este ano com faturamento da ordem e R$ 270 milhões. O valor representa um crescimento de quase 10% em relação ao ano passado.

No Brasil, o objetivo da Leme, que completará 50 anos de atividades no próximo ano, é expandir os serviços de consultoria de energia para outras fontes, além da hidrelétrica, em sintonia com a diversificação da matriz elétrica brasileira. Nesse sentido, a companhia em processo de aquisição é da área de infraestrutura.

Também nessa linha, a Leme assinou no último mês contrato com a Bolt Energias para prestar serviços de consultoria para a implantação da termelétrica Campo Grande Bioeletricidade, movida a Biomassa de eucalipto. Localizada em São Desidério, no Oeste da Bahia, a usina terá 150 megawatts (MW) de capacidade instalada e investimentos de R$ 650 milhões.

Pelo contrato, cujo valor não foi revelado, a Leme fará a revisão do projeto executivo do empreendimento durante os próximos 12 meses. A empresa também fará a supervisão das obras de construção da usina, olhando padrões de qualidade e prazo, a partir do primeiro trimestre de 2015, estendendo-se por cerca de 30 meses. A térmica está prevista para entrar em operação no segundo semestre de 2017.

"Esse é um padrão que nós adotamos, não só no setor de térmicas, como de Hidrelétricas. Temos esse mesmo papel na hidrelétrica de Jirau", afirmou Campos. "Mas projeto de Biomassa de madeira, desse porte, é único. Pode até criar um importante precedente no país, uma nova tendência", completou.

Para a Bolt Energias, o contrato com a Leme tem o objetivo de reduzir riscos na implantação do projeto. Com o negócio, a empresa praticamente definiu todos os pontos relativos ao projeto. O insumo será fornecido pela Tree Florestal, empresa coligada da Bolt (ambas são controladas pelo grupo Ático). A atividade de engenharia, compras e construção (EPC, na sigla em inglês) ficará a cargo da Areva Renewables. E as três caldeiras da usina serão fornecidas pela CBC Indústrias Pesadas, da japonesa Mitsubishi.

"Em termos de Campo Grande Bioeletricidade, temos praticamente todas as pontas fechadas", disse Ricardo Junqueira, sócio-diretor do grupo Ático.

Para a Bolt, a definição dos itens do projeto é importante para, além de atender às exigências da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), facilitar a negociação com possíveis interessados em investir no empreendimento. A estratégia do grupo Ático é encontrar sócios para investir diretamente na usina ou no capital da Bolt, a fim de diversificar risco e ganhar musculatura para investir em mais projetos.

"Quanto mais variáveis você tem na mesa, obviamente é pior sua capacidade de negociação. [Com as definições do projeto] fica até mais fácil para potenciais parceiros entenderem o caminho e que as variáveis de risco já estão mitigadas", explicou Gustavo Magalhães, sócio-diretor do grupo Ático.

Além da Campo Grande Bioeletricidade, compõem o portfólio da Bolt Energias participação de 10,8% da térmica a gás Linhares, de 204 MW, localizada a 140 km de Vitória (ES), e 40% da pequena central hidrelétrica (PCH) Braço do Norte III, de 14 MW, no Mato Grosso.

A expectativa de faturamento da Bolt Energias para 2014 é de R$ 1 bilhão, o que corresponde a um crescimento de 30% na comparação com o ano passado.  Por Rodrigo Polito  Valor Econômico| Leia mais em cliptvnews 21/11/2014



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