Empresas estão com mais apetite para fusões e aquisições
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Empresas estão com mais apetite para fusões e aquisições


Segundo pesquisa mundial da KPMG o Brasil é o mais disposto dos países do Bric, mas o poder de fogo das companhias nacionais é baixo.

Em meio à uma crise interminável na Europa e dúvidas sobre a real recuperação da economia nos EUA, são poucos os sinais de esperança que têm aparecido no noticiário econômico. Mas um deles acaba de surgir. Uma pesquisa exclusiva da consultoria KPMG mostra que, pela primeira vez em dois anos, as empresas estão juntando o apetite de comprar outras companhias com o fôlego financeiro necessário para a operação. O lado ruim da história é que o Brasil ainda está manco de uma dessas duas pernas.

 Vamos entender esses números. O Global M&A Predictor é um levantamento semestral feito junto a mil empresas de todo o mundo que adianta as tendências globais em fusões e aquisições. Ele analisa dois fatores. O primeiro é a relação entre preços e lucros, que oferece a confiança global do mercado. O segundo é o índice de endividamento líquido das empresas em relação ao seu EBITDA, que mostra a capacidade das companhias de financiarem futuras aquisições futuras. SAIBA MAIS Brasil fecha 2012 com 816 fusões e aquisições Número de empresas de alto crescimento sobe 7,7% no Brasil Participação de fundos de private equity em fusões cresce 16,5% em três anos

O que a edição mais recente da pesquisa mostra é que, após dois anos de incerteza, esses dois indicadores estão caminhando juntos para frente. Cada um deles teve uma alta média de 15% em relação ao último levantamento, realizado em meados do ano passado. “Os números mostram que o mercado atingiu um ponto de inflexão”, afirma líder global da área de corporate finance da KPMG. “As empresas estão prontas para se desvencilhar da austeridade na procura por novas oportunidades”. Segundo o executivo, o alinhamento dos números se deve a fatores como o fim das eleições americanas e a transição suave da China para uma nova liderança. “Há mais certezas do que havia há seis meses”, diz.

 Essa retomada do otimismo está longe de ser uniforme. Na Alemanha, por exemplo, ambos os indicadores estão acima da média global: 26% de apetite por fusões e aquisições e 20% de capacidade de financiamento. Na França, por outro lado, o otimismo está na média global, mas ao investimento fica em 9%. Também chamam atenção os números da Grécia. O país-chave da crise europeia se destaca pelos bons indicadores: 43% de otimismo e 22% de capacidade.

Já o Brasil aparece em uma situação curiosa. Na comparação com os demais integrantes do grupo dos Bric, somos o país com maior apetite por fusões e aquisições. O indicador brasileiro está em 23%, contra 18% da Rússia, 17% da China e 9% da Índia. Por outro lado, o país é o penúltimo em termos de capacidade de investimento. Enquanto as empresas indianas mostram um saudável índice de 130% e as chinesas aparecerem com 12%, as companhias nacionais estacionaram em 3%. O que isso significa? Segundo Luis Motta, sócio-líder de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, é uma mostra que as empresas nacionais fecharam um ciclo forte de investimentos e agora precisam de um período para ganhar fôlego antes de começar outro. “Como houve muitas operações no ano passado, várias companhias estão alavancadas ou com pouco caixa, o que deve resultar numa diminuição de ritmo das operações na comparação com 2012”, explica. “Eu diria que nossas empresas estão em compasso de espera”.

Confirmação

Uma segunda pesquisa da KPMG confirma tanto o otimismo global quanto momento de cautela em relação aos Brics. O M&A Outlook, ao invés das empresas, pesquisa executivos ligados ao setor de fusões & aquisições em grandes companhias e fundos de investimento. Dos entrevistados, 35% afirmaram estar mais otimistas sobre o setor do que estavam há um ano, enquanto 44% mantiveram a mesma percepção. Apenas 3% manifestaram pessimismo sobre o setor.

 No entanto, a maior parte dessa visão menos carregada se direciona aos mercados desenvolvidos. A pesquisa mostra que os EUA e a Europa ainda são os destinos de fechamento de negócios preferenciais, com 73% e 28%, respectivamente. Os Brics ficam para trás: a China lidera, com 27%, enquanto o Brasil tem 20%. Índia e Rússia aparecem com menos de 10%. “A recuperação do mercado de consumo faz da América do Norte um destino popular”, diz Phil Isom, diretor da unidade americana da KPMG. “Na Europa, a própria crise cria investimentos de oportunidade, especialmente nos setores mais atingidos”, finaliza. POR MARCELO CABRAL
Fonte: epocanegocios 09/03/2013



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