Fundo da Darby investe na Bioenergy e na Produman
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Fundo da Darby investe na Bioenergy e na Produman


O fundo de private equity – que compra participações em empresas – voltado a projetos de infraestrutura da gestora americana Darby Overseas fechou o investimento em duas empresas: a Bioenergy, de geração de energia eólica, e a Produman, que atua em serviços de engenharia, em especial na área de óleo e gás. Ambas as companhias receberão um aporte de R$ 58 milhões cada.

Uma das pioneiras na geração de energia eólica no país, a Bioenergy possui um parque com capacidade total de 1,5 mil MW, concentrado nos Estados do Rio Grande do Norte e Maranhão. Os recursos captados serão usados integralmente na implementação dos projetos da companhia. Dois deles entram em operação neste mês: os de Aratuá e Miassaba.

“O Brasil é um país privilegiado para o uso de fontes renováveis de energia”, afirma Eduardo Farhat, diretor executivo do Darby. O aporte do fundo foi realizado em conjunto com repasses de linhas do BNDES realizados pelos bancos Itaú BBA, e Votorantim, no valor total de R$ 74 milhões.

A gestora também anuncia hoje o investimento na Produman, prestadora de serviços de parada e manutenção de indústrias. O setor de óleo e gás, incluindo refinarias da Petrobras, responde por 70% dos contratos da companhia, que possui quase 3 mil funcionários e deve apresentar um crescimento de 30% no faturamento neste ano, para R$ 400 milhões, segundo Farhat.

Com as perspectivas de investimento para a exploração do petróleo na camada do pré-sal, a Produman também espera crescer na área de EPC (engenharia, projeto e construção), que consiste na execução de serviços para a instalação de unidades industriais.

Ao contrário dos private equity tradicionais, que investem diretamente na compra de participações acionárias, o fundo do Darby trabalha com uma estrutura denominada mezanino, na qual o aporte é realizado via aquisição de debêntures conversíveis em ações. Ou seja, a gestora se torna credora, e não sócia das empresas.

Farhat defende esse modelo como o mais adequado para se atuar no setor de infraestrutura. Como em muitos casos o investimento acontece na fase de desenvolvimento dos projetos, a avaliação do preço de uma participação acionária é complexo para ambos os lados. “O formato de debêntures reduz o risco para o fundo e impede a diluição do controlador no capital da companhia”, afirma o executivo.

A Darby foi uma das primeiras gestoras internacionais a desembarcar no Brasil, ainda na década de 1990. Criada pelo ex-secretário do Tesouro americano Nicholas Brady e vendida posteriormente para a Franklin Templeton, a gestora possui atualmente US$ 3,5 bilhões sob gestão. O fundo destinado a projetos de infraestrutura foi o primeiro da Darby captado em reais.

Com patrimônio de pouco menos de R$ 400 milhões, o fundo tem como principais cotistas o BNDES e os principais fundos de pensão, além de capital da própria Darby. Com quatro companhias no portfólio, a expectativa é de que o fundo realize outros dois investimentos, segundo o diretor da gestora.
Fonte:ValorOnline14/12/2011



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