Fusões e aquisições têm pior primeiro semestre desde 2008, diz Anbima
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Fusões e aquisições têm pior primeiro semestre desde 2008, diz Anbima


A desaceleração da economia brasileira atingiu em cheio as operações de fusões e aquisições. O volume de transações anunciadas entre janeiro e junho, de R$ 43 bilhões, é o mais fraco desde o primeiro semestre de 2008. Segundo levantamento da Anbima, associação das instituições que atuam no mercado de capitais, também houve queda de 32,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

 A principal razão para a freada foi a incerteza em relação à economia brasileira, "que levou à cautela das empresas sobre seus planos de investimentos", afirmou Ubiratan Machado, coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima, em teleconferência com jornalistas.

 O número de operações anunciadas - 54 - também foi o mais baixo desde a primeira metade de 2009, quando houve 48 transações. O total de negócios revelados nos seis primeiros meses deste ano caiu à metade na comparação com o mesmo período de 2012.

 Grande parte da queda está relacionada ao comportamento de empresas e investidores estrangeiros. Diante do cenário incerto, as operações envolvendo capital externo despencaram.

 Aquisições de empresas brasileiras por grupos estrangeiros, que representaram 40,6% do volume de negócios no primeiro semestre do ano passado, recuaram para 24,3% do total no mesmo período de 2013. Baixaram de R$ 25,8 bilhões para R$ 10,5 bilhões.

 As compras de ativos estrangeiros por empresas brasileiras também caíram, passando de R$ 18,3 bilhões para R$ 5,2 bilhões na mesma base de comparação. A queda nesses segmentos não foi compensada por uma alta correspondente em transações envolvendo compradores e vendedores brasileiros e compradores e vendedores estrangeiros.

 Embora a desvalorização do real torne os ativos brasileiros mais baratos para compradores estrangeiros, esse efeito foi ofuscado nos primeiros meses do ano pela incerteza no ambiente econômico.

 "Incerteza afeta mais os estrangeiros que as empresas locais, que conhecem melhor o mercado", afirma Machado. Ao mesmo tempo, acrescentou, o dólar mais forte aumenta a atratividade dos ativos brasileiros, mas a análise das operações tende a levar mais tempo. "Por isso, num primeiro momento, o volume [de investimentos estrangeiros] cai." ValorOnline
Fonte: Uol 12/09/2013

COMENTÁRIOS:
O site da ANBIMA divulga a íntegra de seu relatório sobre Fusões e Aquisições, no Boletim nº 19. Abaixo alguns gráficos e informações extraídos do referido Boletim.

Fusões e aquisições movimentam R$ 43 bi no primeiro semestre 
►Os anúncios de fusões e aquisições no primeiro semestre de 2013 somaram R$ 43 bilhões, o volume mais baixo para o período desde 2008. O valor é 32,4% inferior ao do mesmo período de 2012, que havia sido de R$ 63,6 bilhões. Quanto ao número de operações, embora o primeiro semestre do ano tenha registrado praticamente a metade dos anúncios do mesmo período do ano passado (54 em 2013 versus 111 em 2012), este não chegou a ser o número mais baixo da série, que foi registrado nos primeiros semestres de 2008 e de 2009 (48 operações).

As fusões e aquisições de 2013 foram lideradas pelo setor de alimentos e bebidas, com 17,4% do volume total, seguido pelos setores de energia (16,3%) e de educação (15,1%). Quanto à origem do capital, 53% do volume de operações decorreu de aquisições entre empresas brasileiras, movimentando o equivalente a R$ 22,8 bilhões. Em segundo lugar, aparecem as compras de empresas brasileiras por estrangeiras (R$ 10,5 bilhões), com destaque para o crescimento da participação de empresas norte-americanas como compradoras (R$ 4,7 bilhões).

Nos primeiros seis meses de 2013, a forma de pagamento mais utilizada nas operações de fusões e aquisições foi dinheiro (61,1% do total), como ocorre tradicionalmente; mas houve crescimento do percentual de pagamento com ações (25,3%) em relação ao ano de 2012 (13,9%). O pagamento com assunção de dívidas respondeu por 13,6% das operações do primeiro semest


Em 2013, as operações de fusões e aquisições mantiveram o perfil  observado nos últimos dois anos quanto à finalidade dos negócios. No  primeiro semestre do ano, a maior parte das operações foi destinada à  aquisição de controle de companhias (51,9%), com percentual próximo  ao observado em 2012 (52,8%). Em segundo lugar, se destacaram as  operações destinadas à aquisição de participações minoritárias (24,1%),  finalidade que apresentou redução em relação ao ano passado (33%). Já  as operações destinadas às incorporações e à realização de joint ventures  apresentaram crescimento, com participações de 20,4% e 3,7% do total.

Enquanto os anúncios de fusões e aquisições apresentaram queda de 32,4% no volume e de 51,4% no
número de operações entre os primeiros semestres de 2012 e 2013, as operações fechadas tiveram redução  ainda maior no mesmo período: queda de 89,8% no volume e de 62,3% no número de operações. As  dez maiores operações realizadas no semestre somaram R$ 30,7 bilhões, com destaque para as operações  de aquisição da Seara Alimentos e da Zenda pela JBS, no volume de R$ 5,9 bilhões, e a associação da  Anhanguera Educacional com a Kroton, que movimentou R$ 5,6 bilhões.



No primeiro semestre de 2013, o setor de Alimentos e Bebidas foi o líder no volume de fusões e  aquisições, com 17,4% do total. Em seguida, aparecem os setores de Energia, com 16,3% de participação, de  Educação, com 15,1%, e de Petróleo e Gás, com 12,4%. Já no número de operações, a liderança ficou com  o setor de Energia, com 11,1% dos anúncios, seguido dos setores de Transporte e Logística e de Petróleo  e Gás, ambos com 9,3% das operações. No primeiro semestre do ano houve aumento do volume médio  das operações em relação ao mesmo período de 2012, com o crescimento da participação das operações  superiores a R$ 1 bilhão para 18,5% do volume total.
ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais



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