HRT vira Petrorio e amplia ativos
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HRT vira Petrorio e amplia ativos


Companhia vai pagar US$ 150 milhões pelos 80% da Shell em Bijupirá e Salema

A HRT anunciou ontem um novo posicionamento no mercado ao comunicar, de uma só vez, a mudança do nome da companhia, para PetroRio, e a aquisição da participação de 80% da Shell nos campos Bijupirá e Salema, na Bacia de Campos. O Valor apurou que o valor do negócio foi de US$ 150 milhões.

"A operação foi estruturada com capital próprio de 20%, proveniente de emissão de debêntures, e com 80% divida lastreada à produção futura dos campos", explicou José Carlos Pedrosa, diretor comercial e de desenvolvimento de negócios da empresa, para quem a queda dos preços do petróleo no mercado internacional favoreceu a negociação.

Mesmo com a aquisição, a PetroRio ainda possui R$ 400 milhões em caixa. Com a operação, a petroleira brasileira deve praticamente triplicar sua produção no país e focar de vez em ativos de produção.

Já a Shell, comprometida com investimentos bilionários em Libra, no pré-sal de Santos, se desfaz de seu segundo ativo no Brasil desde o final do ano passado, quando vendeu uma participação no Parque das Conchas (BC- 10). Em 2012 se desfez dos 20% que tinha no BM-S-8, onde foi encontrado o campo de Carcará.

Com a aquisição, a PetroRio passa a deter dois ativos em fase de produção: Bijupirá e Salema (80%) e Polvo, onde a empresa passará a deter 100% quando aprovada a aquisição da fatia remanescente da Maersk no campo, de 40%, pela Agência Nacional de petróleo (ANP).

A produção nas áreas totaliza cerca de 31 mil barris diários de óleo equivalente (BOE/dia), sendo 7 mil BOE/dia oriundos de Polvo e 24 mil BOE/dia em Bijupirá e Salema, segundo dados da ANP de novembro. A parcela futura da companhia nos ativos soma 26 mil BOE/dia, o que coloca a companhia entre as dez maiores produtoras do país.

De acordo com a PetroRio, Bijupirá e Salema devem agregar R$ 800 milhões às receitas da companhia. A estimativa considera a cotação do barril próxima aos patamares atuais e pode chegar a R$ 1 bilhão caso os preços do petróleo se recuperem.

A expectativa é que os campos adquiridos tenham uma vida útil de cinco a sete anos, sem investimentos em recuperação. Com a operação dos novos ativos, a empresa espera obter sinergias com a produção em Polvo e, com isso, alongar a vida útil do campo, distante 80 quilômetros das áreas compradas. A vida útil de Polvo é de três a cinco anos.

De acordo com Pedrosa, a petroleira tem interesse em novos aquisições, com foco em Campos e Santos. A aquisição de Bijupirá e Salema, segundo o executivo, é um divisor de águas para a companhia.

"Estamos rebalanceando nossa carteira e temos um plano de desinvestimento no Solimões e Namíbia. Nosso foco está na aquisição de campos em produção de óleo. Temos que criar musculatura e crescer, o que não quer dizer que no futuro estejamos trabalhando com um mix de produção e exploração", explicou.

Já a Shell passa a produzir exclusivamente a partir do Parque das Conchas, também na Bacia de Campos. Com 20% de Libra, a petroleira já havia anunciado, no final do ano passado, a venda de sua fatia de 20% no bloco BM-ES- 23 para a tailandesa PTTEP.  André Ramalho e  Cláudia Schüffner Do Rio - Valor Econômico - Leia mais em resenhaeletronica 21/01/2015




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