Mapfre vai entrar na disputa de seguro-saúde no Brasil
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Mapfre vai entrar na disputa de seguro-saúde no Brasil


Toneto, presidente da Mapfre Serviços Financeiros: abertura de empresa ou aquisição para estrear em saúde no Brasil

O mercado em que a Mapfre quer entrar no Brasil abrange nada menos do que 63 milhões de brasileiros.

Depois de expandir as operações de seguro no Brasil com uma parceria com o Banco do Brasil, concretizada em junho do ano passado, o grupo espanhol Mapfre, que alcançou € 19,6 bilhões em prêmios emitidos no mundo em 2011, traçou nova meta para este ano: oferecer seguro-saúde e odontológico.

A modalidade, já no portfólio do grupo no exterior, ficará aos cuidados da Mapfre Serviços Financeiros, área da empresa responsável por produtos de acumulação como capitalização, gestão de investimentos e consórcio. Isso porque o acordo do Grupo Segurador Banco do Brasil Mapfre não abrange o seguro-saúde.

"Estamos estudando alternativas para entrar neste mercado, porque é um segmento que ainda não operamos e vemos muita carência dos beneficiários em produtos", antecipa Wilson Toneto, presidente da Mapfre Serviços Financeiros, ao Brasil Econômico.

O "Projeto Mapfre Saúde", como tem sido chamado internamente, pode ser viabilizado tanto pela abertura de uma nova empresa ou pela compra de uma companhia que já atua no setor.

O mercado em que a Mapfre quer entrar no Brasil abrange nada menos do que 63 milhões de brasileiros, que possuem alguma proteção para saúde, sendo um seguro ou um plano, ambos sob o guarda-chuva da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

"Um total de 25% da população tem plano médico e 8,4% possui plano dental, então existe um espaço enorme para crescer no setor, ainda mais tendo em vista o avanço da economia", diz Marcio Coriolano, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

O mercado de saúde suplementar cresce a uma taxa média de 5% ao ano, enquanto os planos odontológicos têm tido um avanço médio de 20% ao ano. Segundo Coriolano, 2012 será forte em termos de crescimento. "A classe C emergiu, mas existe um efeito tardio do ganho de renda, que implica na possibilidade de compra do seguro-saúde", avalia.

Um fator que também impulsiona esse mercado é o interesse das companhias em oferecer auxílio à saúde dos funcionários, o que antes estava restrito a grandes corporações, mas agora já é prática nas médias e pequenas companhias.

Os planos corporativos cresceram 7,4% em número de beneficiários entre janeiro e setembro de 2011, comparado ao mesmo período do ano anterior, enquanto os individuais avançaram 3,2%.

"Na Bradesco Saúde, o faturamento do seguro-saúde cresceu 20,9% no ano passado. Entre as pequenas e médias empresas, o avanço foi de 35%", conta Coriolano, que também é executivo da companhia.

Desafio para seguradoras

Apesar do cenário promissor, o mercado de seguro-saúde e odontológico tem seus desafios. O maior deles é a pressão por custos causada pelas despesas médicas, que têm crescido devido ao avanço tecnológico.

Para se ter uma ideia, a inflação em 12 meses até fevereiro deste ano foi de 5,85%, ante a de 6,56% da categoria saúde e cuidados pessoais, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Nos seguros corporativos, uma das saídas é oferecer planos em que o funcionário ajuda a pagar. "A coparticipação pode levar o segurado a ter um pouco mais ou menos vontade de usar", diz o vice-presidente de saúde da SulAmérica, Gabriel Portella.

A competitividade também tem sido alta no mercado e, diante disso, as companhias tem apostado em diferenciais.

Na Unimed Seguros, que faturou R$ 635,5 milhões em 2011 com seguro-saúde, há benefícios como garantia funeral, assistência residencial e cobertura em viagens.

"Além disso, temos extensão assistencial, que no caso de falecimento do segurado principal, garante a continuidade do atendimento aos beneficiários indicados por um tempo predeterminado", diz o diretor de negócios, Mauri Raphaelli.Por Flávia Furlan
Fonte:brasileconomico14/03/2012



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