Quem vai sobreviver no mercado de compras coletivas brasileiro?
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Quem vai sobreviver no mercado de compras coletivas brasileiro?


Analistas acreditam que cerca de 10 de 1.800 empresas continuarão no mercado

São Paulo – Há estimativas que existam cerca de 1.800 sites de compras coletivas no Brasil. O número é alto, se levado em consideração que o negócio começou no país pouco mais de um ano atrás. Nos Estados Unidos, onde esse mercado já está consolidado, por exemplo, esse algarismo não passa de 400.

Mas apesar do boom de novos nomes que atuam nesse setor, de acordo com a opinião de especialistas e das próprias empresas do segmento, consultados por EXAME.com, não mais do que dez grandes players devem permanecer atuando. O que vai acontecer com o restante? Morrer um pouco a cada dia.

“Não existe um balanço exato, mas pelo menos dez sites de compras coletivas devem morrer por dia no Brasil de acordo com as informações que recebemos”, disse Helder Santos, CEO do site OfertaDia. “A verticalização das operações, tornando os sites cada vez mais segmentos e investimentos constantes são quesitos fundamentais para manter o negócio de pé, ou melhor, no ar.”

O número elevado de sites desse segmento no país é justificado pelo baixo investimento inicial para se colocar colocá-lo em prática. Com cerca de 5.000 reais se constrói um site de compras coletivas no Brasil. O problema fica com os aportes futuros. “O modelo pode ser fácil de copiar, mas não de executar”, disse Andrew Mason, fundador e presidente do Groupon, companhia precursora do conceito no mundo, recentemente, à revista EXAME.

O Groupon é um dos principais nomes que deve permanecer operando no mercado brasileiro. Também pudera a companhia está se preparando para abrir capital, nos Estados Unidos. Com o IPO, deve levantar cerca de 1 bilhão de dólares, de acordo com estimativas do mercado.

Além dele, o ClickOn e o Peixe Urbano, primeiro site de compras coletivas lançado no Brasil, também devem fazer parte da estatística. O Peixo Urbano tem mais de 11 milhões de usuários e há expectativa que o número continue crescendo. “Estamos vivendo um momento de consolidação desse setor, e os que tiverem uma estrutura sólida vão permanecer”, disse Letícia Leite, diretora do Peixe Urbano.

Segundo Alexandre Umberti, diretor de marketing e produto do e-bit, empresa de monitoramento de comércio eletrônico, cerca de 70% da receita do mercado de compras coletivas brasileiro vêm de três grandes companhias: Groupon, Peixe Urbano e ClickOn. “Acredito que em dois anos teremos uma resposta dos nomes que de fato vão compor o segmento de compras coletivas no Brasil”, disse Umberti.

Letícia, do Peixe Urbano, acredita que há espaço para no máximo três grandes nomes. “O número enorme de sites lançados, no entanto, ajudou a consolidar o conceito de compras coletivas, mas a operação em si é mais complexa do que se imagina. Por isso muitos empresários estão buscando alternativas”, disse a executiva.

O OfertaDia, que não figura entre os três principais desse mercado, está apostando cada vez mais na segmentação do serviço. Sua última investida foi na criação de um site para atender o público GLBT. “Criamos o Comprey para atender um público com potencial de consumo, mas outras novidades neste sentido estão por vir neste sentido”, disse Souza, CEO do site.

Caixa reforçado - É com investimentos na ordem de 16 milhões de dólares que o site espanhol Groupalia pretende permanecer no mercado brasileiro e a explicação é bem simples: metade dos seus oito milhões de usuários nos oito países onde atua está no Brasil.

“O Brasil é o país que de longe mais crescemos na América Latina. O ritmo (de crescimento) está acelerado e a saída de tantos players deve favorecer os poucos que vão continuar atuando”, afirmou Henrique Iwamoto, country manager da Groupalia. A estimativa é que o site fature 150 milhões dólares neste ano.

Para Cláudio Felisoni, coordenador do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/Fia). O conceito de compras coletivas é um modelo muito inteligente de vendas. “Trata-se de uma forma racional e democrática de fazer varejo. O movimento vivido agora pelo segmento é mais do que natural. Mas não significa que ele vá desaparecer, pelo contrário, veio para ficar”, afirmou.

Fonte: Exame 24/06/2011



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