Quest entra na área de fundos de participação
Marcas e Empresas

Quest entra na área de fundos de participação


A Quest Investimentos, gestora de Luiz Carlos Mendonça de Barros, está entrando em uma nova área, a de fundos de private equity, que investem em participações em empresas. O foco será empresas das áreas de saúde, tecnologia e educação.

 O primeiro fundo, voltado para saúde, foi estruturado e conta apenas com recursos dos sócios da gestora e de pessoas próximas. Ele já fez um investimento em uma empresa de medicina diagnóstica. Um segundo fundo está em processo de estruturação e já tem em vista um projeto de microtecnologia. Este segundo fundo será aberto para captação e a expectativa é que chegue a R$ 300 milhões. 

O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai assumir essa nova área e passar oficialmente a bola do dia a dia da gestora para o sócio Walter Maciel, como já vem ocorrendo nos últimos anos.

 Mendonça de Barros tem, hoje, duas principais funções na gestora: presidente-fundador e estrategista-chefe. Aos poucos, ele vai se afastar dessas funções, que passarão a ser desempenhadas por Maciel. Dessa forma, ele também terá mais tempo para se dedicar ao comando da Foton Aumark do Brasil, representante de uma montadora chinesa de caminhões que vai investir R$ 340 milhões no país. 

"Devemos terminar esse processo de transição no fim do ano que vem, quando terei 72 anos", diz Mendonça de Barros. Ele explica que essa transição é natural e está sendo feita a quatro mãos, mas não pressupõe nenhuma mudança imediata de estrutura acionária da gestora. "Aqui na Quest, a participação acionária é vinculada à participação na gestão. Então, estarei ao longo do tempo reduzindo a minha participação, vendendo minhas ações para outros sócios que estarão no processo oposto. É uma desmobilização controlada", afirma.

 Com R$ 2,2 bilhões sob gestão, a Quest tem hoje 20 sócios, a maioria da equipe de gestão e análise. Um dos sócios mais recentes é o BTG Pactual, que fechou acordo com a gestora há dois anos, mas não participa da gestão. "É um sócio capitalista", diz Maciel. Pelo acordo, o banco investiu uma parte de seu capital nos fundos da Quest e recebeu em troca uma opção para comprar 15% do capital da gestora. O banco tem o direito de exercer essa opção no começo do ano que vem e a expectativa é que o faça. Procurado, o BTG não comentou o assunto.

 A entrada em uma nova área de atuação faz parte da diversificação que a gestora iniciou nos últimos anos. A Quest começou em 2001 com fundos de renda fixa e multimercados com estratégias macro. Em 2005, montou o seu primeiro fundo de ações e, em 2009, lançou seu fundo de "small caps". Em 2007 começou a atuar também com fundos "long and short".

 As áreas eleitas pela Quest para investimentos em private equity levam em conta duas fronteiras identificadas por Mendonça de Barros. A primeira, de uma sociedade com uma distribuição de renda diferente, que vai gerar uma matriz de demanda por produtos e serviços diferente no Brasil. A segunda, o desenvolvimento da microtecnologia, com técnicas muitas vezes vindas de fora do país. "Quando você joga essa fronteira tecnológica sobre a social dá uma combinação muito rica", diz Mendonça de Barros.

 Ele acredita que, depois que o Brasil passar por esse período de "combinação desagradável" de inflação alta com crescimento mais baixo, o país vai crescer de forma sustentável a 3,5% ao ano. "Estamos nos preparando para essa nova fase de crescimento." Valor Econômico
Fonte: abvcap 11/10/2013



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