Rating do Brasil pode subir mais
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Rating do Brasil pode subir mais


A classificação da nota soberana do Brasil tende a continuar subindo se o país mantiver seu empenho em ajustar as contas públicas. A afirmação é de Sebastián Briozzo, diretor de ratings soberanos da Standard & Poor's (S&P), agência de classificação de risco que elevou ontem o rating soberano de longo prazo do país em moeda estrangeira de BBB- para BBB, e a nota de longo prazo em moeda local de BBB+ para A. Ao mesmo tempo, a S&P reafirmou os ratings de curto prazo A-3 para moeda estrangeira e A-2 para a moeda local. A perspectiva dos ratings do país é estável.

Agora, o Brasil tem a mesma classificação em moeda estrangeira de países como o México, Peru, Rússia e África do Sul. Segundo Briozzo, esses dois últimos têm uma relação entre pagamento de juro de dívida soberana e receitas do setor público bem menor que a brasileira.

"O peso da dívida em relação ao orçamento no Brasil ainda é bem maior, e ainda assim é um setor público que investe muito pouco. Esse equilíbrio de condições fiscais é a questão: quanto mais o Brasil melhorar isso, mais importante será para o rating e para o desenvolvimento do país", disse ele em entrevista ao Valor.

De acordo com Briozzo, entre os países com nota BBB, a média de gastos com juro proporcionalmente às receitas públicas é da ordem de 7%, enquanto o patamar brasileiro é de 12%.

O diretor da agência destacou também os esforços recentes para o aperto de gastos das contas públicas, feitos pelo governo Dilma Rousseff, como um fator positivo e que foi especialmente levado em consideração na hora de determinar o novo rating. Ele observou ainda que os movimentos recentes do Banco Central do Brasil (BC), que fez dois cortes seguidos de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juro, é coerente com um contexto de aperto econômico internacional, e considerou a política acertada - "tanto que estamos elevando o rating", disse.

"Redução de juro só pode ser consistente daqui para frente com uma política fiscal idem. No futuro, para o Brasil conseguir ter mais quedas da taxa de juro, é fundamental manter essa prudência fiscal", afirmou Briozzo.

A melhora no rating brasileiro em plena crise internacional "é um reconhecimento de que a política econômica encontra-se na direção correta, e de que são sólidos os fundamentos macroeconômicos do país", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em nota enviada por sua assessoria de imprensa.

O diretor da S&P reiterou que o comportamento da inflação não deve ser uma preocupação para a determinação da nota do país, e que o BC tem agido da maneira correta na manutenção da política monetária. Sobre a crise europeia, ressaltou que o país "tem ferramentas macroeconômicas para enfrentar um cenário global cada vez mais difícil".

A última elevação do rating brasileiro pela S&P havia sido em abril de 2008, quando foi dado o grau de investimento. Em maio deste ano, a agência colocou a perspectiva da nota soberana como "positiva". Por Filipe Pacheco, Márcia Pinheiro e Azelma Rodrigues
Fonte:valor18-11-2011



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