AT&T busca mais negócios na América Latina após aquisição
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AT&T busca mais negócios na América Latina após aquisição


A empresa precisa adquirir mais ativos ao sul da fronteira se estiver falando sério a respeito de impulsionar o crescimento fora dos EUA

Mesmo depois de comprar a DirecTV e seus 18 milhões de assinantes na América Latina, a AT&T Inc. está à procura de mais aquisições na região, que está crescendo 10 vezes mais rapidamente que os EUA.

A aquisição de US$ 48,5 bilhões -- que está próxima de ser concluída, depois que os acionistas da DirecTV votaram a favor -- dará à AT&T assinantes de TV por satélite na América Latina, particularmente no México e no Brasil.

O acordo marcará a primeira incursão da AT&T fora dos EUA em mais de uma década, expansão que é crucial para impulsionar o crescimento em um momento em que o setor doméstico de telefonia sem fio se torna mais saturado, segundo a Fitch Ratings.

A chave para competir nesses novos mercados pode ser oferecer aos clientes não apenas TV por satélite, mas também serviço de telefonia celular e acesso a banda larga em países como o México, onde menos da metade dos lares pagam por TV ou internet.

A AT&T precisa adquirir mais ativos ao sul da fronteira se estiver falando sério a respeito de impulsionar o crescimento fora dos EUA, disse Jonathan Chaplin, analista da New Street Research.

“A DirecTV tem um produto grande e competitivo na América Latina, mas eles precisarão de recursos de banda larga”, disse Chaplin. A empresa vem testando o acesso à internet sem fio em um momento em que poderá fazer mais sentido comprar redes maiores de linha fixa que já possuem assinantes de banda larga, disse ele.

Nos EUA, a AT&T tem opções limitadas para expandir seus serviços de telefonia e de TV. Novos produtos, como o de segurança residencial e a venda de serviço sem fio para conectar carros à internet, ainda estão nas fases iniciais. A receita da companhia deverá subir entre 1 por cento e 2,5 por cento ao ano nos próximos quatro anos, segundo estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg.

América Móvil

John Stankey, diretor de estratégia da AT&T, disse que o México -- onde uma nova lei reformulou o setor de telecomunicações para promover a concorrência -- está pronto para os investimentos.

A AT&T, que tem sede em Dallas, está entre as empresas que a América Móvil SAB contactou para a compra de US$ 17,5 bilhões em negócios mexicanos de telefonia celular e linha fixa, disseram fontes com conhecimento do assunto no mês passado.

Stankey se reuniu com os órgãos reguladores mexicanos das telecomunicações em setembro para discutir o mercado e as novas leis criadas para estimular os investimentos.

A América Móvil, de Carlos Slim, disse que o comprador precisa ser novo no mercado mexicano para criar uma maior concorrência. Quando perguntado pela Bloomberg TV, ontem, se a América Móvil estava próxima de um acordo com a AT&T, o bilionário preferiu não comentar.

Outros acordos

Quando perguntado em uma conferência de investidores, no mês passado, se o acordo da DirecTV impedia outras fusões e aquisições, Stankey disse que o balanço da empresa lhe dá flexibilidade financeira para tirar vantagem das oportunidades, mesmo se o momento não é perfeito.

No México, a DirecTV possui 41 por cento da Sky Mexico, o serviço de TV por satélite que tem como sócio majoritário o Grupo Televisa SAB. E no Brasil, a AT&T ficará com a participação de 93 por cento da DirecTV na Sky Brasil, que tem cerca de 5,6 milhões de clientes.

O maior prêmio da AT&T poderá ser o Brasil, disse Amy Yong, analista da Macquarie Securities USA Inc. A DirecTV lançou as bases do serviço de TV por satélite no país. Agora, a AT&T pode basicamente aproveitar essa estrutura e adicionar produtos como o serviço residencial sem fio, abrindo caminho para conectar casas em regiões que não têm linhas de telefone, disse ela.

“A penetração da TV paga ainda é bastante baixa no Brasil. A DirecTV estava apenas deixando seu apetite crescer”, disse Yong, em entrevista por telefone. “Agrupar com o serviço sem fio ajudará, uma vez que o negócio de TV seja parte da AT&T.” Scott Moritz, Leia mais em exame 08/10/2014



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