Marcas e Empresas
Brasil cresce e atrai
Em meio a tensões e incertezas externas, o governo está revendo sua previsão de crescimento este ano para 4%. É menos que se projetava, mas mesmo assim ainda um bom resultado tendo em vista forte desaceleração da economia mundial nos últimos meses, principalmente, nos Estados Unidos e na União Europeia. O Brasil cresce e continua atraindo investimentos.
Em dois pronunciamentos feitos nesta semana, a presidente Dilma Rousseff reafirmou que o País está mais preparado do que em 2008. Em setembro daquele ano, as reservas estavam em US$ 205 bilhões e podem terminar o ano em torno de US$ 400 bilhões, um fator de confiança importante tendo em vista um cenário externo que, afirmam os analistas, só tende a agravar-se nos próximos meses.
Polo de investidores. Esse cenário interno tornou o País uma espécie de polo para investidores internacionais, como constam os dados do Banco Central sobre o fluxo crescente de capitais. A coluna constatou esse fato na visita a São Paulo e ao Rio de Janeiro, na semana passada, de Thomas Greco, presidente da Hilco, uma das maiores empresas de avaliação de ativos do mundo. Depois de conversar com bancos de investimento, fundos de private equity e fundos de pensão, Greco reforçou sua impressão positiva sobre a situação do País. "O Brasil possui uma economia robusta e crescente, o que cria mais oportunidades para a venda de ativos dentro do país para compradores de fora daqui."
Com base nessa percepção, o presidente da Hilco considera que o Brasil pode ser um dos carros-chefes da retomada dos preços dos ativos no mundo. Ao analisar o impacto da crise de 2008 em sua área de atuação, Greco disse que, sob o peso da recessão causada pela turbulência, houve rápida redução do número de possíveis compradores de várias categorias de ativos.
Esse cenário está mudando com a retomada dos preços, e o Brasil se destaca nesse processo. É fato, na avaliação de Greco, que os preços estão altos no País. Ele garante que os valores em muitas categorias de ativos brasileiros são iguais ou até um pouco maiores que os encontrados em outros lugares do mundo.
Transparência. No entanto, os brasileiros têm vantagens, além da força econômica. Entre os pontos positivos, Greco destaca as normas adequadas de regulação do setor financeiro, o que ajuda a atrair os estrangeiros. "Com avanços nas práticas de divulgação de informações financeiras, os mercados de capitais do mundo inteiro ganham confiança e isso leva a mais investimento externo e mais comércio entre nações", analisa Greco, para quem esse é um dos motivos que levaram a Hilco a criar um escritório de avaliação no País.
Mercado preferencial. Por tudo isso, Greco volta aos Estados Unidos com a certeza de que o Brasil tem muito potencial de crescimento pelo menos nos próximos dois anos. Ao lado de regiões da Ásia do lado do Pacífico, o ritmo de crescimento deve superar o dos Estados Unidos, na estimativa do presidente da Hilco. Essa é a razão pela qual o mercado brasileiro tornou-se preferencial para a empresa. "Analisamos oportunidades no Japão, na Índia e na América Latina. Fizemos um grande investimento no México alguns anos atrás, adquirindo o Grupo Acetec, uma empresa de avaliação e alienação de ativos muito reconhecida. E agora chegou a vez do Brasil." Newsletter Alberto Tamer
Fonte:oestadodesp18/09/2011
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