Brasil pode virar centro estratégico da Symantec na AL
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Brasil pode virar centro estratégico da Symantec na AL


No futebol, o velho ditado "em time que está ganhando não se mexe" ainda é uma expressão recorrente para treinadores, dirigentes e torcedores. Fora dos limites das quatro linhas, no entanto, mais especificamente no campo dos negócios, muitas empresas vêm desmentindo essa máxima.

A americana Symantec é um bom exemplo dessa corrente. Em setembro, a companhia - conhecida pelo foco em segurança - trocou o comando de sua subsidiária no Brasil, que vinha registrando seguidos índices de crescimento. Wagner Tadeu, que atuava como diretor-geral da Symantec Brasil, foi promovido ao cargo de vice-presidente da companhia para a América Latina.

A medida reforçou o ganho de visibilidade da operação local, a principal da América Latina. Seguindo a tendência de outras multinacionais com atuação no Brasil, a empresa agora traça planos para ampliar o papel estratégico do país na região, por meio do investimento em novas estruturas e ofertas.

De passagem pelo Brasil na semana passada, Bill Robbins, vice-presidente executivo de vendas e serviços globais da Symantec, destacou a relevância do país no momento vivido pela empresa. Em um cenário de crescimento exponencial das informações digitais, a companhia tem investido não só em proteção, mas também em frentes como o armazenamento e a gestão de dados dos clientes.

Para Robbins, os desafios de proteção e gestão dos dados no Brasil não diferem de outros mercados. "O que distingue o país é o fato de que a adoção de novas tecnologias como, por exemplo, os dispositivos móveis, é muito mais acelerada, o que amplia essas necessidades e abre uma tremenda oportunidade para nós", observa.

Atualmente, o Brasil responde por mais da metade das receitas da Symantec na América Latina e por pouco mais de 2% do faturamento global. No acumulado do ano fiscal de 2012, que será encerrado em março, a companhia apurou uma receita de US$ 5,04 bilhões, alta de 12% se comparada ao exercício anterior. Segundo Robbins, a previsão é fechar o ano fiscal com uma receita global de US$ 7 bilhões, frente aos US$ 6,19 bilhões apurados no exercício anterior.

"O Brasil está na frente de muitas operações. Hoje somos o segundo mercado mundial em diversas vertentes do portfólio da Symantec, atrás apenas dos Estados Unidos", diz Wagner Tadeu. O executivo cita como exemplo a venda de serviços de suporte e de sistemas de prevenção a perdas de dados.

Sob esse cenário, a Symantec tem no radar uma série de investimentos para o Brasil. Embora não revele mais detalhes, a companhia tem três projetos previstos para entrar em execução ainda neste ano e que usarão o país como base das ofertas no mercado latino-americano. O primeiro deles é a instalação de um laboratório local de resposta a incidentes de segurança, o único na região.

A Symantec também prevê oferecer serviços de computação em nuvem - conceito pelo qual sistemas e recursos de tecnologia são acessados via internet - a partir do Brasil. O projeto será viabilizado por meio de uma parceria com um provedor local de centros de dados. Alguns acordos estão sendo negociados e a previsão é iniciar a oferta regional com serviços como armazenamento de dados.

Em outra frente, a companhia costura uma aliança com um parceiro local para começar a montar equipamentos de seu portfólio de armazenamento e segurança no país. Os dispositivos serão destinados ao mercado interno e latino-americano. "Mais para frente, temos planos ainda de instalar um laboratório de análise de vírus no Brasil", adianta Wagner Tadeu.

Todos esses projetos seguem a estratégia global da Symantec de oferecer pacotes que englobam software, equipamentos e serviços. A ideia é ir ao encontro do desafio dos clientes em lidar com ambientes tecnológicos mais complexos. Ao mesmo tempo, essas companhias precisam trabalhar com múltiplos fornecedores para atender a cada uma das demandas nesse cenário. "Há dez anos não tínhamos essa visão. Hoje, os clientes pedem soluções mais integradas e que simplifiquem a gestão desses ambientes", afirma Robbins. Nesse contexto, ele diz acreditar que os segmentos mais promissores para a Symantec no país são finanças, telecomunicações, governo e pequenas e médias empresas.

A expectativa de crescimento para a subsidiária brasileira no ano fiscal de 2012 é de 25% a 30%, diz Vicente Lima, que substituiu Wagner Tadeu no comando da operação local no início do ano. Como um dos focos de sua gestão, o executivo avalia que é preciso aprimorar a abordagem comercial da equipe. "Nossas tecnologias conversam, mas ainda vendemos apenas o produto isolado. É preciso investir mais nas oportunidades de crescimento por meio das vendas cruzadas", afirma.

Além do investimento no treinamento e na qualificação da equipe comercial, outra questão apontada como prioridade para o ano no Brasil é a consolidação da atuação da companhia fora do eixo Rio/São Paulo/Minas Gerais. Em 2011, por exemplo, a Symantec abriu novos escritórios em Curitiba, Fortaleza e Recife. "O Brasil não está mais restrito aos grandes centros. Temos que nos aproximar de outros polos regionais que estão surgindo e conhecer as nuances desses mercados", explica.Por Moacir Drska
Fonte:Valor Econômico05/03/2012



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