Com torres da Oi, BR Towers, da GP, dobra de tamanho
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Com torres da Oi, BR Towers, da GP, dobra de tamanho


A empresa de telecomunicações foi autorizada a obter os direitos de uso de 2.113 torres da operadora Oi

A BR Towers, empresa especializada na gestão de infraestrutura de telecomunicações, recebeu na semana passada a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para obter os direitos de uso de 2.113 torres da operadora Oi.

O negócio, fechado por R$ 502 milhões, é o terceiro desde a criação da companhia pelo fundo GP Investimentos, em setembro de 2012, e fez com que a presença dobrasse de tamanho.

Em setembro de 2010, a BR Towers já havia adquirido 1.912 torres da Vivo por cerca de R$ 500 milhões e, em janeiro de 2012, ela incorporou a Sitesharing, que administra 100 torres de telefonia alugada para operadoras.

 O negócio de agora - que eleva o número de torres para 4.128 e faz a empresa projetar faturamento de R$ 162 milhões em 2014 - ocorre logo após a concorrente American Tower (a maior no setor) levar 2.790 torres da Nextel no Brasil por aproximadamente de US$ 413 milhões.

 Ceder os direitos de uso de suas próprias torres para outras empresas é um benefício duplo para as operadoras. De um lado, elas levantam capital para investir na prestação dos serviços ao consumidor, como telefonia, banda larga e fibra óptica. De outro, elas se livram de um ativo complicado e custoso.

 As torres, para empresas como a BR Towers, são como prédios, nos quais cada andar é alugado para uma operadora (que ali colocará sua antena). “Nós compartilhamos o espaço entre o maior número possível de operadoras”, diz Mauricio Giusti, presidente da empresa. “É um procedimento mais eficiente (para as operadoras) do que construir uma torre só para ela e manter ali espaços ociosos.”

Essa visão tende a ganhar força, se considerado o interesse da operadora em concentrar seu esforços mais nos serviços voltados ao consumidor e menos na infraestrutura básica.

Hoje, 25% das torres do Brasil são administradas por companhias especializadas nisso; os outros 75% estão nas mãos das operadoras. Nos Estados Unidos, a distribuição é de 50% para cada uma das partes. 

Outras das principais empresas desse setor no Brasil são Brazil Tower Company e Telcom Tower. O especialista em telecomunicações Guilherme Ieno diz que “elas fazem o que as operadoras não querem fazer, que é a gestão de toda essa infraestrutura”. “

 E as exigências do setor são como uma colcha de retalhos, porque cada município tem uma regra.” Segundo o sindicato das empresas de telefonia, 1.805 municípios estão sob efeito de leis municipais ou estaduais que impõem barreiras à instalação de antenas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Por Nayara Fraga, do Estadao
Fonte: exame 29/08/2013



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