Compra de Alphaville por Gafisa para em tribunal de arbitragem
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Compra de Alphaville por Gafisa para em tribunal de arbitragem


Fundadora de Alphaville e construtura não se entendem sobre troca de ações para a venda da empresa.

A negociação em torno da aquisição total da empresa Alphaville Urbanismo pela construtora Gafisa emperrou de vez e será levada a uma câmara de arbitragem. Os fundadores de Alphaville, Renato Albuquerque e Nuno Alves, anunciaram ontem que, como não houve consenso, levarão o caso à Câmara Brasil-Canadá, dando início a um processo que pode levar de seis meses a dois anos para ser concluído.

 As duas empresas divergem sobre o período definido para calcular o valor das ações que serão usadas como pagamento pelos 20% de participação que serão adquiridos pela Gafisa. "Estou decepcionado com o rumo que esse assunto tomou", diz Albuquerque, de 84 anos. "Em cinco décadas no mercado imobiliário nunca havia tido problemas com um sócio. Essa é a primeira vez."

 A sociedade começou em outubro de 2006, quando a Alphapar, holding que controlava Alphaville, vendeu 60% da empresa de desenvolvimento urbano para a Gafisa, por R$ 201,7 milhões. Ficou acordado que o restante seria adquirido num prazo de cinco anos, com o pagamento de mais duas parcelas, que seria feito obrigatoriamente por meio de ações ou em dinheiro.

 Em 2010, outros 20% foram incorporados à construtora por R$ 126,5 milhões. Houve uma discordância no início, mas acabaram se entendendo. Desta vez, foi diferente.

A avaliação do banco JP Morgan, contratado pela Gafisa, foi de que Alphaville vale hoje R$ 1,1 bilhão, enquanto o Credit Suisse, do lado de Alphapar, avaliou em R$ 1,9 bilhão - uma diferença de mais de 60%, que exigia, segundo o contrato, o parecer de mais um banco.

Este foi feito pelo UBS, que apontou para um valor R$ 60 milhões superior ao do Credit, confirmando a segunda avaliação como a que deveria ser adotada. Como a Gafisa decidiu este ano por comprar os 20% por meio de ações (já que está sem caixa e em 2011 acumulou um prejuízo de quase R$ 1 bilhão), as duas partes definiram que o valor do papel seria calculado a partir da média aritmética das cotações do 5.º ao 20.º dia útil anteriores à data do recebimento da avaliação do banco que definiu o valor da operação.

 Aí está a divergência. A Gafisa considera a avaliação do Credit Suisse, emitida no dia 23 de março. E a Alphapar, a do UBS, do dia 23 de maio. No primeiro caso, cada ação vale R$ 5,11 e os 20% equivalem a 70,2 milhões de ações. No segundo, elas valem R$ 3,70 e representam 97 milhões de papéis. No período defendido pela Gafisa, a Alphapar teria depois do negócio cerca de 14% de participação na companhia. Para a Alphapar, o justo seria ter 19%.

 Os donos de Alphapar e os diretores da Gafisa chegaram a se encontrar duas vezes após o parecer do UBS. Na última, em 15 de junho, Albuquerque e Alves propuseram seguir com a troca de 20% de participação em Alphaville por 70 milhões de ações, deixando a diferença de 27 milhões de ações que eles reivindicam para ser definida por arbitragem. Mas a Gafisa não aceitou.

 Com a venda de Alphaville, a Alphapar se tornará o maior acionista da construtora, que hoje é uma "corporação", ou seja, não tem a figura do dono, com 100% do capital negociado no mercado. Até o fechamento desta edição, a Gafisa não havia se manifestado sobre a Alphaville. Por NAIANA OSCAR Fonte:  O Estado de S.Paulo 04/07/2012



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