Marcas e Empresas
Copel avalia aquisições em distribuição e geração
Uma das negociações mais adiantadas é a aquisição de uma participação de 30% na usina hidrelétrica Baixo Iguaçu
A Copel também avalia pequenas distribuidoras municipais e cooperativas de eletrificação rural nas proximidades de sua área de construção
São Paulo - A Copel está estudando aquisições nas áreas de geração e distribuição, afirmou o diretor-presidente da companhia, Lindolfo Zimmer, após participar de reunião com analistas da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em São Paulo. Uma das negociações mais adiantadas é a aquisição de uma participação de 30% na usina hidrelétrica Baixo Iguaçu. Segundo o executivo, a companhia prevê adquirir 30% do consórcio que construirá a usina, hoje nas mãos do grupo Neoenergia e da Engevix.
Segundo ele, a aquisição permitirá ganhos de sinergia com a usina José Richa, também no rio Iguaçu, uma vez que a casa de comando desta hidrelétrica deve ser utilizada também para um novo projeto.
A usina vem enfrentando problemas ambientais que impedem o início das obras de construção, mas a expectativa dos empreendedores é de que haja a liberação até meados deste ano.
Grupo Rede
Zimmer também revelou interesse em ampliar os ativos de distribuição da companhia. A Copel avalia pequenas distribuidoras municipais e cooperativas de eletrificação rural nas proximidades de sua área de construção. Além disso, está interessada em ativos da Rede Energia, caso o grupo decida vender separadamente suas empresas.
Faz parte da holding a Companhia Força e Luz do Oeste, que atende o município paranaense de Guarapuava. A Copel também estaria interessada nas distribuidoras Enersul, do Mato Grosso do Sul, que faz divisa com o Paraná, e Cemat, de Mato Grosso, onde a Copel está construindo a hidrelétrica Colíder, e deve iniciar obras para o sistema de transmissão da usina do rio Teles Pires.
"Comenta-se que o Grupo Rede poderia vender separadamente seus ativos. Se houver esta chance, vamos analisar", disse Zimmer, salientando que por enquanto aguarda uma decisão, e que ainda não foi contatado pelos controladores do grupo.
Questionado sobre o montante de recursos que a Copel poderia destinar a aquisições, o executivo citou que a companhia possui apenas 18% de endividamento sobre o patrimônio líquido e que este índice poderia chegar a 50%. "Poderíamos levantar entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões, com um equity de 30% teríamos R$ 10 bilhões", disse Zimmer. Ele ressaltou porém, que os projetos preferidos para aquisição estão entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão, porque assim haveria maior diversificação de risco. Por Luciana Collet
Fonte:exame11/04/2012
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