Dívida conversível reduz os riscos da operação para investidores Early Stage, avaliam especialistas
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Dívida conversível reduz os riscos da operação para investidores Early Stage, avaliam especialistas


O 1º Congresso Brasileiro de Venture Capital, realizado no dia 10 de novembro, no Insper, em São Paulo, também abriu uma discussão sobre os instrumentos para investir em Venture Capital. Marcelo Nakagawa, Professor de Empreendedorismo do Insper, começou o debate com a questão: “O que é melhor? Equity ou Dívida Conversível”.

Para Rodrigo Menezes, Coordenador do Comitê de Empreendedorismo, Inovação e Venture Capital da ABVCAP e Sócio da Derraik & Menezes Advogados, em tese, quando um investidor está apostando em uma startup, a dívida conversível é um modelo mais recomendado por mitigar os riscos da operação. Menezes também explicou que a dívida conversível continua sendo um investimento que o credor tem direito de cobrar do empreendedor.

 “Quando o investimento é feito através de dívida conversível, o que os empreendedores precisam entender é que os investidores entram nesse jogo para ganhar ou para perder, e isso significa inclusive cobrança da dívida”.

Carlos Lobo, sócio da Veirano Advogados, concordou com Menezes sobre a redução dos riscos via dívida e apontou outras vantagens da modalidade. De acordo com ele, a dívida em muitos casos ajuda a fechar negócios que talvez não fossem para frente quando se discute, por exemplo, a questão  do valuation da empresa. “Há casos em que o valuation oferecido pelo investidor está abaixo da expectativa do empreendedor. Postergar essa discussão para o futuro quando a empresa está com uma base operacional maior e mais subsídios para discutir a questão, às vezes ajuda a destravar um negócio que talvez não saísse”, explicou.

“Muitas vezes você não tem o histórico necessário para endereçar métodos de valuation mais tradicionais, como a performance da companhia nos anos anteriores, então você tem que confiar que aquele negócio vai trazer um retorno adequado para sua tese de investimento. Por equity, nós costumamos projetar uma performance ao longo do tempo”, avaliou João Busin, sócio da TozziniFreire Advogados.

Por outro lado, Lobo afirmou que o investidor precisa considerar os prós e os contras desse tipo de modelo. “Em contraponto, a dívida também traz menos participação na governança para o investidor, ou seja, ele é um credor com algumas questões contratuais para tentar interferências no negócio, mas não é a mesma posição de um sócio”.

O 1º Congresso Brasileiro de Venture Capital contou com o patrocínio da Derraik & Menezes Advogados, Desenvolve São Paulo, Insper, KPMG e Qualcomm Serviços de Telecomunicações Ltda; parceria institucional da ABDI e BID/Fumin. Leia mais em Abvcap 11/11/2014



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