Marcas e Empresas
Empresa em construção
Fusão da BR Properties com a WTorre Properties cria gigante da área imobiliária e define o jogo no setor de locação corporativa. Isso é bom para os clientes?
A temporada de fusões de empresas no Brasil deu origem a mais um novo gigante no segmento de imóveis corporativos, com a união da BR Properties com a WTorre Properties, duas das maiores administradoras de prédios corporativos e galpões industriais do País. Na quarta-feira 14, elas anunciaram a fusão de seus negócios cujos ativos, somados, chegam a R$ 10 bilhões. A transação teve a bênção do Banco BTG Pactual, que em março havia se tornado o principal acionista da WTorre Properties, ao adquirir uma fatia de 72% dessa companhia. O negócio celebrado na última semana é visto por analistas como um verdadeiro ganha-ganha (ler coluna Dinheiro em Ação). Apesar de ter se tornado minoritário na operação, com uma fatia de 8,34%, o empresário Walter Torre Jr., controlador do grupo WTorre, também ganha com a transação. “Muitos de meus empreendimentos nessa área não entrarão no negócio, permanecendo no meu portfólio”, disse ele à DINHEIRO.
Nessa lista estão a Arena Palestra, o novo estádio do Palmeiras, em São Paulo, o shopping JK Iguatemi e uma carteira composta por quatro milhões de metros quadrados de terrenos. Para o banqueiro André Esteves, presidente e principal acionista do BTG, a fusão foi a oportunidade de intensificar sua atuação em uma área com grande expectativa de crescimento.
A BR Properties, por sua vez, assumiu um novo patamar empresarial, sem precisar contrair dívidas. Isso porque a transação não envolveu um centavo sequer, apenas a troca de ações. “A BR Properties terá um ganho de sinergia na gestão do novo portfólio, além de somar forças para crescer no mercado imobiliário”, afirma Claudio Bruni, presidente da companhia, em comunicado.
Ao adicionar o equivalente a 55% de sua Área Bruta Locável (ABL), que passou a somar 2,1 milhões de metros quadrados, a BR Properties garante uma posição de destaque na locação de espaços corporativos, como edifícios de escritórios e galpões industriais, cuja demanda deve seguir em ritmo acelerado.
“A economia brasileira cresceu muito nos últimos anos, mas nem todas as empresas investiram imediatamente na locação de novas áreas”, disse Flávio Queiroz, analista de construção e mercado imobiliário do banco Santander. “Agora, a BR Properties se tornou uma referência nesse setor.” De acordo com o banco Goldman Sachs, a BR Properties passou a contar com uma fatia de 4,6% desse mercado. Pode parecer pouco, mas seu tamanho é quatro vezes maior que o da Cyrela Commercial Properties, a concorrente mais próxima do ranking, considerando apenas as empresas de capital aberto.
O relatório do Goldman Sachs mostra, ainda, que a nova configuração de ativos da BR Properties deverá possibilitar à companhia fechar 2013 com uma receita em torno de R$ 1 bilhão – sem considerar o impacto de futuras aquisições.
Trata-se de um montante quase cinco vezes maior que o obtido no ano passado: R$ 204 milhões. Isso será possível graças à melhora no padrão dos imóveis administrados que estão na carteira da WTorre Properties/BTG Pactual. Até então, a BR Properties atuava apenas nas faixas consideradas A e B. Agora, passa a contar com imóveis de padrão AAA. Entre eles estão: a sede da Unilever, a Torre Nações Unidas, a antiga sede da Nestlé e a sede do banco Santander, todos situados em São Paulo.
O portfólio inclui ainda o imponente Centro Empresarial Senado e a nova torre de escritórios da Petrobras, ambos no Rio de Janeiro. Com uma carteira mais diversificada a empresa ganha, inclusive, poder de barganha, já que terá prédios estratégicos nas mãos nos locais mais cobiçados. Pior para os locatários: “A BR Properties poderá negociar seus ativos de forma ainda mais vantajosa”, afirma Guilherme Coelho Rocha, analista do banco Credit Suisse. “A companhia poderá, por exemplo, ceder um andar na Faria Lima, se o interessado também topar alugar outros ativos menos interessantes em outro local.”
Fonte:istoedinheiro16/09/2011
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