Entre em campo com seu negócio na Copa e na Olimpíada
Marcas e Empresas

Entre em campo com seu negócio na Copa e na Olimpíada


Os grandes eventos esportivos ampliam a demanda por bens e serviços, mas também podem ser usados como alavancas para futuras iniciativas

 Antonieta Souza Ramos e Wilson Donizete Ramos já tinham uma grande experiência acumulada na área de comércio exterior, mas ainda alimentavam o sonho de um negócio próprio. Após mais de um ano de pesquisas e avaliações, o casal decidiu em abrir uma escola de línguas, o que ocorreu em 2010. Mas se inicialmente o objetivo era captar apenas clientes interessados em cursos tradicionais, eles perceberam que havia uma demanda que precisava ser atendida, aquela dos profissionais que irão trabalhar diretamente no atendimento aos turistas e outros envolvidos nos grandes eventos esportivos que se aproximam.

 As duas escolas em Guarulhos (SP) que o casal já possui, ambas franquias da rede CNA, tiveram um incremento de matrículas em torno de 25% para as turmas que iniciaram no começo de 2013 em relação a igual período do ano passado. Isso foi possível porque os empreendedores viram potencial nesse nicho e fecharam parcerias com a Infraero, hotéis e o sindicato dos taxistas. O sucesso da captação de clientes já faz com que o casal prepare a abertura de uma nova unidade.

 Mas como transformar a chance de ganho em um grande evento em uma demanda duradoura? O coordenador do centro de empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa, afirma que ao escolher um negócio visando a Copa e as Olimpíadas, o empreendedor deve ter em mente uma das duas opções. A primeira é trabalhar com algo exclusivo para esses eventos e saber que, terminados, a fonte de renda cessará. O segundo, usá-los para alavancar um novo negócio ou um já existente.

 Como exemplo, o especialista cita empreendimentos ligados a idiomas estrangeiros e à cultura dos países que participarão da Copa e Olimpíadas. Nesse caso, as chances estão não só nas escolas de línguas, mas também em restaurantes, pousadas temáticas ou estabelecimentos ligados à música ou literatura.

 Ele sugere, por exemplo, uma pousada ou restaurante temático de um dos países participantes nos eventos. A cultura dessas nações poderá atrair torcedores e pessoas interessadas em ampliar seus conhecimentos. “Após esses eventos, as cidades sedes ficarão ainda mais globalizadas”, afirma, lembrando que nesses casos há ainda a chance de pedir apoio e divulgação em consulados.

 Outra opção é pesquisar o que deu certo e errado nos negócios abertos em outros países que já sediaram eventos parecidos. Também é válido consultar, no caso de empreendimentos voltados a hospedagem de turistas, o que estabelecimentos mais informais oferecem no exterior e que pode ser um diferencial no Brasil.

 Mas, independente da opção, a ideia só deve ser concretizada após muita pesquisa. Um estudo do Sebrae mostra que empreendimentos que estão na ativa há mais de cinco anos tiveram um tempo de planejamento de 14 meses, em média. Já os que sobreviveram menos de cinco anos foram avaliados em cerca de quatro meses.

 Nessa fase de planejamento, é preciso analisar o mercado em que se quer atuar, definir o público-alvo e quais produtos serão trabalhador. Além disso, uma análise da concorrência e de potenciais fornecedores também ajuda a definir se o negócio é não ou viável.

 Nakagawa, do Insper, diz ainda que no plano de negócios o empreendedor deve levar em conta três cenários: um de normalidade, um positivo e outro negativo. E, outro passo é ter reserva financeira para ao menos seis meses de capital de giro da nova empresa, garantindo uma certa tranquilidade enquanto os clientes não veem.

 Antonieta concorda com essa necessidade de planejamento. Ela conta que, junto com o marido, pesquisou por mais de um ano o que iriam fazer. Outros negócios e tipos de franquias foram avaliados. “Tudo tem que ser feito com muito pé no chão. Tem que saber os números do setor e da região”, explica.

 EVENTO PASSAGEIRO, NEGÓCIO DURADOURO

 Dicas para aproveitar as demandas geradas pela Copa e pelos Jogos Olímpicos

Por Marcelo Nakagawa e Brasil Econômico
Fonte: iG 01/04/2013



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