Estrangeiro mira o Brasil
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Estrangeiro mira o Brasil


Apesar do baixo crescimento econômico, fundos globais de private equity ampliam presença em fusões e aquisições no país

 As frustrações com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ainda não têm afastado os investidores globais do país. O movimento de aquisições orquestradas pelos fundos de private equity voltou a crescer neste ano, graças ao grande volume captado no passado com vistas a compras no mercado brasileiro. Estão chegando no país novos gigantes do setor, como o KKR, com mais de US$ 60 bilhões em carteira.

 Comandado pelos banqueiros Henry Kravis e George Roberts, o KKR comprou recentemente a Centauro, rede de lojas de artigos esportivos. Em junho, contratou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles como consultor. A entrada do fundo norte-americano completa a tríade do mercado de private equity mundial em solos tupiniquins. Há cinco anos, chegava o Carlyle, que administra US$ 156 bilhões em todo o mundo e, em setembro, fez a terceira aquisição do ano: a rede Tok & Stok. Antes, comprou a Ri-Happy e parte do grupo mineiro Orguel, em negócios que somaram cerca de R$ 1 bilhão. O terceiro megafundo, o gigante Blackstone, com US$ 190 bilhões em carteira, está no país desde 2010 por meio do Banco Pátria, no qual tem participação.

 Esses fundos costumam comprar uma empresa ou participação acionária com o objetivo de fazer com que esse capital se valorize em prazo de, em média, cinco anos, quando então saem, por meio de um IPO (sigla em inglês para o lançamento de ações na bolsa de valores) ou da venda para outro investidor. O Orguel, por exemplo, que vendeu 25% de participação para o Carlyle por R$ 200 milhões, se prepara para um abrir o capital daqui a três anos, segundo o presidente da holding que controla o Orguel, Sérgio Fagundes Guerra Lajes.

 A participação dessas instituições nas fusões e aquisições no mercado é crescente. Dentre as 397 operações ocorridas no primeiro semestre do ano, 45% tiveram participação de fundos de private equity. Em 2009, essa fatia foi de apenas 11% do total, de acordo com um levantamento feito pela PricewaterhouseCoopers (PwC).

 Uma pesquisa da consultoria Ernst & Young destaca que o Brasil vem despertando cada vez mais interesse desses investidores. O país subiu da 43ª para a 36ª posição no ranking dos países mais atraentes para fundos de Private Equity e Venture Capital, que escolhem empresas recém-criadas. A liderança foi dos Estados Unidos, pelo terceiro ano consecutivo. Entre os Brics, o Brasil perde para China (22º), Índia (32º) e África do Sul (26º). Fica à frente só da Rússia (43º).

 As áreas de interesse desses fundos no país são as mais variadas, como consumo, varejo, saúde, imóveis, educação, energia e infraestrutura, onde só os mais específicos se aventuram. "A Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas do Rio, em 2016 devem atrair muito interesse", destaca o conselheiro da Abvcap Marco Antonio Pisani. Por  ROSANA HESSEL
Fonte: Correio Braziliense 03/11/2012



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