Marcas e Empresas
Altos custos e fraco desempenho na América Latina prejudicaram
Em primeiro balanço após fusão da Fiat com a Chrysler, o grupo reportou prejuízo de € 319 milhões no primeiro trimestre deste ano, em forte queda na comparação com os € 31 milhões de lucro líquido apurados no mesmo período do ano passado.
Durante apresentação a analistas financeiros e investidores, o grupo apontou que as perdas ocorrem por causa de custos pontuais, como a aquisição da própria Chrysler, e por desempenho fraco na América Latina, incluindo o Brasil. A região foi a única a puxar os resultados para baixo, enquanto Ásia e América do Norte apontaram para cima e Europa manteve estabilidade. Mundialmente, o Grupo Fiat Chrysler (que na apresentação ainda não aparece como Fiat Chrysler Automobiles) vendeu 1,1 milhão de veículos, 9% a mais do que no ano passado.
Sem “custos pontuais”, o grupo disse que teria conseguido lucro líquido de € 71 milhões no trimestre. Seu faturamento no período aumentou 12%, passando de € 19,7 bilhões de janeiro a março de 2013 para € 22,1 bilhões em igual intervalo deste ano. Além dos ganhos na Ásia e América do Norte, ajudaram a engordar a receita as melhoras nas vendas da Ferrari e da Maserati, marcas de luxo do grupo.
No Brasil, o que atrapalhou o desempenho foi o aumento do IPI. Segundo o balanço, as vendas da Fiat caíram 10% no trimestre, para 171 mil carros, mais ainda do que a retração do mercado local, que foi de 2%. A desvalorização cambial também prejudicou, além dos gastos com a construção da fábrica de Pernambuco.
Somadas as quedas maiores do Brasil e a da Argentina (13%), a retração na América Latina no primeiro trimestre foi de 10,9%, para 205 mil veículos. Na Ásia-Pacífico, houve alta de 68,8% nas vendas. Na América do Norte, de 14,7%. E na região que compreende Europa, Oriente Médio e África, de 5,7%.
EXPECTATIVAS
Mesmo diante de início de ano desafiador, o Grupo Fiat Chrysler mantem as expectativas para 2014. Espera faturar cerca de € 93 bilhões no ano e ter lucro líquido entre € 600 e 800 milhões. Em 2018, o Grupo FCA pretende comercializar 7 milhões de veículos, volume bem maior do que o entregue por suas marcas no ano passado, de 4,4 milhões de unidades. Leia mais em automotivebusiness 07/05/2014
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No Brasil, o que atrapalhou o desempenho foi o aumento do IPI. Segundo o balanço, as vendas da Fiat caíram 10% no trimestre, para 171 mil carros, mais ainda do que a retração do mercado local, que foi de 2%. A desvalorização cambial também prejudicou, além dos gastos com a construção da fábrica de Pernambuco.
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