Marcas e Empresas
As empresas novatas do Vale do Silício têm sido energizadas por alguns pesos pesados locais em termos de gastos: Facebook Inc., Groupon Inc. e Zynga Inc.
Este ano, a Groupon e a Zynga, que abriram o capital recentemente, e também a Facebook, estão comprando empresas a um ritmo recorde. Só no primeiro trimestre, as três realizaram pelo menos 21 aquisições, mais que o dobro do total do mesmo período um ano atrás, segundo a firma de dados sobre o mercado Dealogic e pessoas a par das aquisições. Enlarge Image Close Reuters Zynga Inc. .
Embora a Facebook, a Zynga e a Groupon nunca tenham se esquivado de fazer aquisições, elas ampliaram recentemente o ritmo dos acordos e também os têm feito a preços recordes. Muitos dos negócios, como a aquisição da firma de apps Glancee, pela Facebook, são jogadas estratégicas para fortalecer a presença em tecnologias para dispositivos portáteis ou novos mercados, ao contrário das aquisições anteriores, que tinham mais a ver com conseguir engenheiros e outros trabalhadores talentosos.
As aquisições são fruto das quantias substanciais que essas firmas de internet conseguiram levantar, ou que se prevê que captarão logo, por meio de ofertas iniciais de ações. A Groupon e a Zynga abriram o capital no fim do ano passado, obtendo US$ 805 milhões e US$ 1 bilhão, respectivamente. Quando a Facebook abrir o capital esta semana, deve captar até US$ 13,6 bilhões.
O ritmo veloz de aquisições e os preços em alta estão repercutindo no Vale do Silício, impulsionando as expectativas de muito empreendedores e investidores de que a onda de acordos lucrativos — até excessivos, segundo alguns — deve continuar.
"O efeito [da Facebook, Zynga e Groupon comprando empresas] é parecido com jogar gasolina num mercado de capital de risco que já está pegando fogo", disse Patricia Nakache, sócia da firma de capital de risco Trinity Ventures, que investiu na Uptake, uma firma iniciante que tem um site de dicas para viagens e foi comprada em fevereiro pela Groupon por um valor não revelado.
Jason Willig, diretor-presidente da firma de jogos para celular Booyah, sediada em San Francisco, concorda: "Acho que há uma oportunidade fabulosa para faturar alto com essas aquisições." .
![[wsjamb1may15]](http://marcas-e-empresas--dev.hi7.co/marcas-e-empresas/marcas-e-empresas-55663a623dc2a.jpg)
De todas as empresas, a Facebook é a que tem comprado mais, com 12 aquisições só nos primeiros três meses de 2012, o mesmo número de acordos fechados no ano passado inteiro, segundo a Dealogic. Isso a deixa no nível de um dos compradores mais vorazes do Vale do Silício, a Google Inc., que comprou 13 empresas no primeiro trimestre, segundo a Dealogic.
Desde o início do primeiro trimestre, o apetite da Facebook já a levou a realizar a maior aquisição de sua história: o acordo de US$ 1 bilhão fechado no mês passado para comprar o site de compartilhamento de fotos Instagram Inc. O diretor-presidente da Facebook, Mark Zuckerberg, disse na época que a aquisição foi diferente de outros acordos realizados pela empresa de rede social, já que a tecnologia do Instagram pode ser incorporada à estratégia da Facebook para smartphones, ajudando a empresa a fortalecer sua presença nesse mercado.
Sediada em Menlo Park, na Califórnia, a empresa também está investindo seus recursos de outras maneiras e comprou recentemente US$ 550 milhões em patentes da AOL Inc. que eram da Microsoft Corp.
Ao mesmo tempo, a Zynga também realizou a maior aquisição de sua história: o acordo de US$ 180 milhões em março para comprar a produtora de jogos Omgpop. A quantia ultrapassou os US$ 147,2 milhões que a Zynga afirma ter gasto em 2010 e 2011 para adquirir 22 empresas.
A Zynga não quis divulgar quantas aquisições já fez este ano além da Omgpop. "A Zynga não pode ficar de fora do próximo grande sucesso", diz Rob Coneybeer, investidor de capital de risco que financiou a Wild Needle, firma que desenvolve jogos para celulares e foi adquirida pela Zynga há poucas semanas. "Videogames ficam velhos rápido, então, por definição, a Zynga precisa ser uma compradora voraz", diz ele.
A Groupon, empresa sediada em Chicago que administra sites de compras coletivas com descontos diários em várias regiões do mundo, comprou sete empresas no primeiro trimestre, em comparação a sete aquisições em 2011 inteiro, segundo a Dealogic. Mas diferentemente da Facebook e da Zynga, a Groupon não tem gastado muito e investiu apenas US$ 28,4 milhões na compra de empresas novatas este ano, segundo documentos apresentados às autoridades de mercado.
Entre os acordos recentes que o Groupon realizou está a firma de pagamentos via celular Kima Las, de San Francisco, adquirida em fevereiro. Os termos não foram divulgados.
Executivos da Zynga e Facebook têm procurado atenuar as expectativas de que sua febre de compras vá continuar. O diretor-presidente da Zynga Mark Pincussaid disse a investidores numa teleconferência recente o que grandes aquisições como a da Omgpop serão raras.
Em um post anunciando a compra da Instagram, Zuckerberg disse: "Não planejamos fazer muitos outros [acordos] desses, se é que faremos algum." Por Shayndi Raice
Fonte: WSJ 14/05/2012
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Marcas e Empresas
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Embora a Facebook, a Zynga e a Groupon nunca tenham se esquivado de fazer aquisições, elas ampliaram recentemente o ritmo dos acordos e também os têm feito a preços recordes. Muitos dos negócios, como a aquisição da firma de apps Glancee, pela Facebook, são jogadas estratégicas para fortalecer a presença em tecnologias para dispositivos portáteis ou novos mercados, ao contrário das aquisições anteriores, que tinham mais a ver com conseguir engenheiros e outros trabalhadores talentosos.
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O ritmo veloz de aquisições e os preços em alta estão repercutindo no Vale do Silício, impulsionando as expectativas de muito empreendedores e investidores de que a onda de acordos lucrativos — até excessivos, segundo alguns — deve continuar.
"O efeito [da Facebook, Zynga e Groupon comprando empresas] é parecido com jogar gasolina num mercado de capital de risco que já está pegando fogo", disse Patricia Nakache, sócia da firma de capital de risco Trinity Ventures, que investiu na Uptake, uma firma iniciante que tem um site de dicas para viagens e foi comprada em fevereiro pela Groupon por um valor não revelado.
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Ao mesmo tempo, a Zynga também realizou a maior aquisição de sua história: o acordo de US$ 180 milhões em março para comprar a produtora de jogos Omgpop. A quantia ultrapassou os US$ 147,2 milhões que a Zynga afirma ter gasto em 2010 e 2011 para adquirir 22 empresas.
A Zynga não quis divulgar quantas aquisições já fez este ano além da Omgpop. "A Zynga não pode ficar de fora do próximo grande sucesso", diz Rob Coneybeer, investidor de capital de risco que financiou a Wild Needle, firma que desenvolve jogos para celulares e foi adquirida pela Zynga há poucas semanas. "Videogames ficam velhos rápido, então, por definição, a Zynga precisa ser uma compradora voraz", diz ele.
A Groupon, empresa sediada em Chicago que administra sites de compras coletivas com descontos diários em várias regiões do mundo, comprou sete empresas no primeiro trimestre, em comparação a sete aquisições em 2011 inteiro, segundo a Dealogic. Mas diferentemente da Facebook e da Zynga, a Groupon não tem gastado muito e investiu apenas US$ 28,4 milhões na compra de empresas novatas este ano, segundo documentos apresentados às autoridades de mercado.
Entre os acordos recentes que o Groupon realizou está a firma de pagamentos via celular Kima Las, de San Francisco, adquirida em fevereiro. Os termos não foram divulgados.
Executivos da Zynga e Facebook têm procurado atenuar as expectativas de que sua febre de compras vá continuar. O diretor-presidente da Zynga Mark Pincussaid disse a investidores numa teleconferência recente o que grandes aquisições como a da Omgpop serão raras.
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Fonte: WSJ 14/05/2012
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