Marcas e Empresas
FORBES
A FORBES, mais antiga revista de negócios dos Estados Unidos, é um sonho de consumo para executivos, empresários, bilionários, celebridades e empresas, que torcem para que seus nomes estejam em uma de suas infinitas listas (dos melhores e maiores em várias categorias) divulgadas durante o ano. Além disso, a credibilidade e o teor de suas matérias e reportagens transformaram a FORBES em uma das mídias mais influentes no mundo dos negócios e das finanças.
A história
A história da tradicional revista começou em 1917 quando o imigrante escocês Bertie Charles Forbes, colunista financeiro do jornal Hearst, onde publicava reportagens e perfis extremamente laudatórios dos ricos e poderosos, com os quais mantinha estreitos contatos; e Walter Drey, gerente geral da revista Magazine of Wall Street, vislumbraram que havia espaço e demanda para uma nova revista especializada em finanças e economia no mercado americano. Na associação, Forbes entrou com o dinheiro e o nome para a revista, enquanto Walter fornecia toda sua experiência no segmento de edição e publicação. A primeira edição da revista FORBES foi às bancas no mês de setembro custando apenas 15 centavos de dólar, sendo voltada como o próprio título dizia (Forbes: Devoted to Doers and Doings), para empresários e empreendedores do mercado americano. O primeiro número da revista, que possuía 52 páginas e tinha como editor-chefe o próprio B.C. Forbes, trazia na capa uma chamada da entrevista com o empresário e magnata John D. Rockefeller com o título “How Forbes gets big men to talk” (algo como “Como Forbes fez o grande homem falar”). A nova revista dava informações sobre empregos, serviços úteis, comentários e dados das Bolsas de Valores e colocava nas alturas os principais executivos do mercado. Tecia também críticas à interferência indevida do governo no mundo dos negócios e no sistema educacional.
No final da década de 30, Forbes já contava com a assistência de seus dois filhos mais velhos, Bruce Charles e Malcolm Stevenson. Com a morte de seu pai, em 1954, Bruce Charles assumiu o comando da empresa, implantando nos anos seguintes planos de crescimento ambiciosos, assim como estratégias de marketing que permitiram um enorme crescimento da revista FORBES. Entre 1954 e 1964 a circulação da revista mais que dobrou, aumentando o número de leitores, sua influência e capacidade de formar opinião.
Quando seu irmão, Malcolm, assumiu o comando da FORBES em 1964, ele modificou totalmente a estrutura operacional, constituindo uma redação própria, pois até então os repórteres e jornalistas eram, em sua grande maioria free-lancer; os textos da revista ficaram mais enxutos, secos e diretos; as reportagens eram mais fundamentadas, apoiadas em pesquisas minuciosas, e mais críticas. Continuou dando especial atenção aos ricos, o que não impediu que mostrasse que algumas empresas muito admiradas tinham problemas sérios em seus negócios. Fiel ao seu princípio de glorificar os ricos e elogiar a livre iniciativa, a FORBES adotou o lema “The Capitalist Tool” (A Ferramenta do Capitalismo) e não se cansou de apregoar que os homens de negócios sabiam resolver melhor os problemas da nação e que o governo só atrapalhava. Além disso, uma iniciativa visionária iria tornar a revista conhecida no mundo inteiro: em setembro de 1982 foi lançado a Forbes 400, com a lista das 400 pessoas mais ricas do mundo. O nome foi inspirado no salão nobre do hotel Waldorf Astoria – onde só cabiam 400 pessoas especialmente convidadas, a elite da elite. O lançamento teve um impacto muito além do esperado. Para ter uma ideia desse impacto, na Grand Central, a estação ferroviária de Manhattan, a edição se esgotou em quinze minutos. Em anos seguintes, a Forbes 400 venderia 100 mil cópias nas bancas, três vezes mais que as edições comuns. Todo esse sucesso começou a gerar subprodutos: os esportistas mais ricos, por tipo de esporte, as atores mais ricos, os mais ricos por país etc.
No início da década de 90, a FORBES começou a diversificar suas revistas com o lançamento da FORBES LIFE (inicialmente conhecida como FORBES FYI), publicação especializada em estilo de vida, com reportagens que abordavam assuntos como consumo, cultura, turismo, decoração e luxo; além de sua primeira edição internacional, lançada no Japão em 1992. Nesta década, com o crescimento da Internet no mundo, a tradicional FORBES lançou seu website no ano de 1996, que assim como a revista, divulga inúmeros rankings de diferentes assuntos, além de contar com reportagens e notícias exclusivas. Rapidamente o site, divulgado com o slogan “Home Page For The World’s Business Leaders”, se tornou um dos mais populares e acessados da Internet. No início do novo milênio, em 2001, a FORBES em parceria com o canal de notícias FOX NEWS, lançou um programa de televisão chamado “Forbes on Fox”, estendendo assim seu alcance para outro tipo de mídia.
Em 2002, a empresa passou a licenciar a FORBES para mercados locais como as edições coreana (2003), chinesa (2003), israelense (2004), polonesa (2004), russa (2004) e turca (2005). Todas essas edições internacionais contem aproximadamente 40% do conteúdo da edição americana e 60% de matérias nacionais. A partir de 2005, a FORBES começou a dar especial atenção aos produtos digitais com o lançamento do ForbesAutos.com, um site especificamente desenvolvido para compradores e entusiastas de automóveis de luxo; e o ForbesTraveler.com (lançado em 2006), site especializado em viagens, direcionadas a turistas exigentes e experientes. Outra grande novidade da época foi o lançamento da FORBES ASIA (no dia 5 de setembro de 2005), edição voltada para a influente e populosa região asiática. Publicada em língua inglesa duas vezes por semana, a edição asiática tem uma circulação de 100.000 exemplares, atingindo mais de 5.5 milhões de leitores. Mais recentemente, em outubro de 2007, a empresa lançou a revista FORBES WOMAN, publicação especialmente direcionada ao público feminino, abordando assuntos como carreira profissional, liderança, saúde e sucesso. Outros produtos lançados pela FORBES recentemente foram as edições internacionais na Croácia (2008), Romênia (2009, Índia (2009), Ucrânia (2011) e Bulgária (2011), além da FORBES AFRICA e da FORBES MIDDLE EAST (edição para o Oriente Médio).
As listas A revista FORBES não teria o mesmo reconhecimento e alcance se não fossem suas famosas listas (chamadas pelos americanos de Ranking), divulgadas anualmente. Abordando assuntos diversos, a mais famosa provavelmente é a dos maiores bilionários mundiais. Outras importantes listas divulgadas pela revista são:
● 200 Best Small Companies (lista das 200 melhores pequenas empresas do mercado americano)
● 400 Best Big Companies (lista das 400 melhores grandes empresas)
● Forbes 500 (lista das 500 maiores empresas do mercado americano)
● Forbes Global 2000 (listas das 2.000 maiores empresas globais)
● Largest Private Companies (lista das maiores empresas privadas do mercado americano)
● Executive Pay (lista dos executivos mais bem pagos do mercado)
● Forbes 400 (lista das 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos)
● World’s Richest People (lista das pessoas mais ricas do mundo)
● Forbes Fictional 15 (lista dos 15 mais ricos personagens de ficção, incluindo filmes, desenhos animados e mascotes publicitários)
● The World’s 50 Most Innovative Companies (lista das 50 empresas mais inovadoras do mundo)
● The World’s 100 Most Powerful Women (lista das 100 mulheres mais poderosas e influentes do mundo)
● The Celebrity 100 (lista anual das 100 mais ricas e influentes celebridades mundiais, incluindo artistas, apresentadores, produtores, músicos e atletas)
● Top-Earning Dead Celebrities (lista das celebridades mortas que mais faturam no mundo)
● Forbes Fab 40 (as 10 marcas esportivas mais valiosas do mundo, divididas em quatro categorias: empresas, eventos, atletas e equipes)
A volta ao Brasil com criatividade
A FORBES possuía uma edição brasileira (escrita em português), que circulou durante os anos de 2000 a 2007. A revista, publicada pela Editora Peixes, deixou de circular no Brasil no mês de agosto de 2007, depois que a empresa Forbes Inc., venceu um longo processo que corria na justiça americana e que impedia a Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), detentora da editora, de continuar a publicar o título. No mês de agosto de 2012 a revista foi relançada no mercado brasileiro, e já trazia uma versão brasileira do seu famoso ranking de bilionários.
E para comemorar o relançamento da revista foi lançada uma campanha extremamente criativa, cujos anúncios brincam com muito bom-humor com pessoas famosas que já fizeram parte das tradicionais listas divulgadas pela FORBES (os mais ricos, executivos mais bem pagos, maiores empresas, entre outras). O objetivo da campanha, batizada de “O mundo sem bilionários”, era tentar mostrar aos leitores como seria o mundo sem as figuras que ilustram as listas da FORBES e também enaltecer a importância de cada profissional em sua área. Em um dos anúncios, “O Mundo Sem Bill Gates”, mostrava que, se ele não existisse, o mundo teria menos 1.2 bilhões de pessoas usando computadores de um jeito mais fácil, 317.721 piadas sobre geeks e nerds na Internet, 57 milhões de videogames vendidos, entre outras “perdas”. Outros homens importantes fizeram parte da campanha, como por exemplo, Eike Batista, Mark Zuckerberg, Richard Branson, Donald Trump e Tiger Woods.
Os slogans Change the World. (2012) The Capitalist Tool. (1966) Home Page For The World’s Business Leaders. (website)Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 1917
● Fundador: B. C. Forbes e Walter Drey
● Sede mundial: New York City, New York
● Proprietário da marca: Forbes Inc.
● Capital aberto: Não
● Chairman & CEO: Steve Forbes
● Presidente: Michael Perlis
● Editor chefe: Steve Forbes
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Edições internacionais: 15
● Presença global: 110 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 500
● Segmento: Comunicação
● Principais produtos: Revistas de negócios e websites
● Principais concorrentes: Bloomberg BusinessWeek, The Economist e Fortune
● Ícones: Suas famosas listas
● Slogan: Change the World.
● Website: www.forbes.com
A marca no mundo
Em um segmento cada vez mais dominado por grandes conglomerados de mídia, a FORBES consegue manter-se sob uma administração familiar, com seu principal produto, a revista (publicada quinzenalmente), atingindo mais de 23 milhões de leitores no mundo inteiro. A revista tem circulação mensal de 920.000 cópias no mundo. Além da revista principal, a FORBES publica ainda a FORBES AISA, FORBES MIDDLE EAST (em árabe), FORBES LIFE e FORBES WOMAN, além de 15 edições internacionais (Brasil, Bulgária, China, Croácia, Índia, Israel, Japão, Coréia do Sul, Polônia, Romênia, Rússia, Turquia e Ucrânia). O site da FORBES tem uma audiência mensal de 40 milhões de internautas. A marca também atua em outros formatos, como programas de TV e rádio, além da realização de eventos.
Você sabia?
● O sucesso da revista transformou o próprio Malcolm Forbes em um bilionário, que viajava em seu próprio avião, um Boeing 727, batizado de “Capitalist Tool”, e adaptado para 24 pessoas; voava também em um de seus muitos balões a gás, com os quais atravessou os Estados Unidos de costa a costa e sobrevoou a China; e em terra, tinha vários carros de luxo, mas preferia as motocicletas Harley-Davidson, que o levaram de Munique a Helsinque, via Moscou; da França à Noruega; de Bangkok a Brunei.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Newsweek, BusinessWeek, Fortune, Time e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Mundo Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 8/11/2012
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