Marcas e Empresas
Fundo fecha aporte em rede de negócios para área farmacêutica
Em tempos de redes sociais, a Interplayers, empresa que criou um sistema que conecta os vários agentes da cadeia farmacêutica, recebeu um aporte de capital da gestora de fundos DLM Invista. Estão conectados na plataforma os principais laboratórios do país, além de distribuidores e cerca de 50 mil farmácias. O fundo deterá uma participação de 25% na companhia. O valor do negócio não foi revelado.
A previsão é que R$ 4 bilhões em negócios sejam feitos por meio do sistema, o equivalente a quase 9% de toda a indústria farmacêutica, disse Arnaldo Sá Filho, presidente da Interplayers. A empresa fechou o ano passado com um faturamento de R$ 80 milhões e cresce a uma taxa média de 25% ao ano.
A receita tem como base o número de operações realizadas na plataforma, chamada de Pharmalink, projetada para realizar 9,3 milhões de transações neste ano, segundo Fernando Cascardo, diretor comercial da companhia.
Egressos do ramo de distribuição, os executivos criaram a Interplayers há 11 anos. "Percebemos que, com o aumento da variedade e do consumo de produtos relacionados à saúde, havia uma maior necessidade de aproximação entre os elos da cadeia farmacêutica", disse Sá Filho. Foi daí que surgiu a ideia de se valer da tecnologia para criar uma espécie de "rede social de negócios", em um ambiente conhecido no mercado como "e-marketplace".
Quando a interação virtual não é suficiente, a Interplayers oferece um outro serviço, chamado Ponto Extra. O objetivo é oferecer serviços terceirizados de gestão e promoção e marketing no ponto de venda, segundo Cascardo.
Com os recursos do aporte da DLM, a empresa pretende ampliar os serviços para os segmentos de vacinas, produtos hospitalares, além de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Para encontrar o novo sócio, a empresa contou com a assessoria financeira da Brasilpar.
A DLM foi escolhida pelo conhecimento dos sócios na área de tecnologia, disse Cascardo. A gestora é formada por ex-executivos da Datasul. Um dos objetivos do fundo é investir em empresas que usem o software como serviço (SaaS, na sigla em inglês), disse Paulo Caputo, sócio da gestora.
O investimento na Interplayers é o segundo do fundo de private equity, que compra participações em empresas. A DLM possui um total de R$ 590 milhões sob gestão, incluindo os fundos de investimento tradicionais. Jornalista: Vinícius Pinheiro | Valor Econômico
Fonte: abradilan 02/09/2013
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