Marcas e Empresas
Três após se associar ao fundo Gávea Investimentos, a rede mineira de laboratórios Hermes Pardini já está em estágio avançado de negociação para adquirir alguns laboratórios em Belo Horizonte. Na capital mineira, mercado onde Fleury e Dasa ainda não atuam, o Hermes Pardini detém entre 50% e 60% de participação de mercado, segundo estima de Alessandro Ferreira, diretor da área de apoio da companhia.
Na prática, a associação com o Gávea tirou o Hermes Pardini do mapa de aquisições do Fleury e Dasa e colocou a empresa com potencial de se expandir ainda mais na capital mineira. Além da forte presença do Pardini, o mercado em Belo Horizonte tem a peculiaridade de possuir uma alta concentração da fonte pagadora na Unimed Belo Horizonte, o que inibe a entrada de concorrentes de peso.
Sem revelar o aporte do Gávea para ficar com 30% da companhia- fontes do mercado calculam que ficou em torno de R$ 300 milhões - o executivo adianta que os recursos servirão para antecipar investimentos na área de imagem, ampliar sua capilaridade logística para crescer na área de laboratórios de referência e sustentar o planos de aquisições da empresa.
No ano passado, o Hermes Pardini faturou R$ 416 milhões, 23% a mais do que em 2010. Para este ano, o grupo calcula, no cenário mais conservador, um incremento de 11% a 12% no seu faturamento, desconsiderando as aquisições. "O bom resultado dos primeiros meses apontam para um potencial de encerrar o ano com um crescimento maior", conta.
Na área de imagem, a empresa disputa espaço com a líder local Axial, que, no ano passado, se juntou a outros dois laboratórios e formou a Alliar, uma empresa criada pelo Pátria.
No orçamento do Hermes Pardini deste ano está previsto um investimento de R$ 20 milhões para abertura de novas unidades na área de imagem, segmento em que os laboratórios operam com margens melhores do que em análises clínicas. A previsão da empresa é inaugurar nove lojas de atendimento em Belo Horizonte até dezembro.
O setor de laboratórios de referência - ou seja, a prestação de serviços para laboratórios menores - deve ser outra prioridade da companhia este ano. "Queremos abrir novas rotas", explica.
O Hermes Pardini é líder nacional no setor de referência, também chamado de apoio, em parceira com 5 mil laboratórios no país.
Essa fonte de receita vem despertando cada vez mais interesse do Fleury, que está na fase de conclusão de plano de negócios específico para o segmento. O projeto deve ser detalhado na próxima divulgação de resultados da companhia.
A entrada do Gávea no Hermes Pardini não trouxe alterações no corpo de executivos da empresa. O fundo participa ativamente do conselho de administração e participa do dia a dia da companhia com auxílio no aprimoramento da governança e gestão.
No curto e médio prazo, Ferreira não prevê oferta pública inicial da companhia. Ele assume, no entanto, que o Hermes Pardini está se preparando para que esta seja uma opção no futuro. "A abertura de capital não assegura a perpetuidade da empresa, mas sustentabilidade econômico-financeira é fundamental", diz o executivo, que está há 13 anos na empresa. Ferreira não pertence à família Pardini, dona de 70 % da companhia. Por Marina Falcão
Fonte:Valor26/03/2012
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Marcas e Empresas
Hermes Pardini negocia aquisições em Belo Horizonte
Três após se associar ao fundo Gávea Investimentos, a rede mineira de laboratórios Hermes Pardini já está em estágio avançado de negociação para adquirir alguns laboratórios em Belo Horizonte. Na capital mineira, mercado onde Fleury e Dasa ainda não atuam, o Hermes Pardini detém entre 50% e 60% de participação de mercado, segundo estima de Alessandro Ferreira, diretor da área de apoio da companhia.
Na prática, a associação com o Gávea tirou o Hermes Pardini do mapa de aquisições do Fleury e Dasa e colocou a empresa com potencial de se expandir ainda mais na capital mineira. Além da forte presença do Pardini, o mercado em Belo Horizonte tem a peculiaridade de possuir uma alta concentração da fonte pagadora na Unimed Belo Horizonte, o que inibe a entrada de concorrentes de peso.
Sem revelar o aporte do Gávea para ficar com 30% da companhia- fontes do mercado calculam que ficou em torno de R$ 300 milhões - o executivo adianta que os recursos servirão para antecipar investimentos na área de imagem, ampliar sua capilaridade logística para crescer na área de laboratórios de referência e sustentar o planos de aquisições da empresa.
No ano passado, o Hermes Pardini faturou R$ 416 milhões, 23% a mais do que em 2010. Para este ano, o grupo calcula, no cenário mais conservador, um incremento de 11% a 12% no seu faturamento, desconsiderando as aquisições. "O bom resultado dos primeiros meses apontam para um potencial de encerrar o ano com um crescimento maior", conta.
Na área de imagem, a empresa disputa espaço com a líder local Axial, que, no ano passado, se juntou a outros dois laboratórios e formou a Alliar, uma empresa criada pelo Pátria.
No orçamento do Hermes Pardini deste ano está previsto um investimento de R$ 20 milhões para abertura de novas unidades na área de imagem, segmento em que os laboratórios operam com margens melhores do que em análises clínicas. A previsão da empresa é inaugurar nove lojas de atendimento em Belo Horizonte até dezembro.
O setor de laboratórios de referência - ou seja, a prestação de serviços para laboratórios menores - deve ser outra prioridade da companhia este ano. "Queremos abrir novas rotas", explica.
O Hermes Pardini é líder nacional no setor de referência, também chamado de apoio, em parceira com 5 mil laboratórios no país.
Essa fonte de receita vem despertando cada vez mais interesse do Fleury, que está na fase de conclusão de plano de negócios específico para o segmento. O projeto deve ser detalhado na próxima divulgação de resultados da companhia.
A entrada do Gávea no Hermes Pardini não trouxe alterações no corpo de executivos da empresa. O fundo participa ativamente do conselho de administração e participa do dia a dia da companhia com auxílio no aprimoramento da governança e gestão.
No curto e médio prazo, Ferreira não prevê oferta pública inicial da companhia. Ele assume, no entanto, que o Hermes Pardini está se preparando para que esta seja uma opção no futuro. "A abertura de capital não assegura a perpetuidade da empresa, mas sustentabilidade econômico-financeira é fundamental", diz o executivo, que está há 13 anos na empresa. Ferreira não pertence à família Pardini, dona de 70 % da companhia. Por Marina Falcão
Fonte:Valor26/03/2012
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