IFC paga R$ 80 mi por fatia na empresa de seguros Austral
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IFC paga R$ 80 mi por fatia na empresa de seguros Austral


O International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, fechou a compra de 19,5% da Austral Participações, holding controlada pela Vinci Partners que reúne uma seguradora e uma resseguradora. O investimento do IFC é de R$ 80 milhões.

Alessandro Horta, sócio da Vinci, afirma que o negócio dará à Austral um parceiro ao mesmo tempo financeiro e estratégico. "Além do dinheiro que está investindo, o IFC tem experiência global no segmento e em particular em países com realidade similar à brasileira, que estão em crescimento e ainda têm muito a desenvolver", diz. A ideia, conta Horta, é aproveitar a parceria para promover uma expansão internacional da resseguradora.

"A plataforma da Austral já é usada em outros países, mas são operações ainda tímidas. O IFC contribuirá com novos relacionamentos e know-how."

Hector Gomez Ang, diretor do IFC no Brasil, afirma que as conversas começaram no fim do ano passado. O que chamou a atenção do IFC na Austral, diz, foi o fato de ter um sócio com histórico de criação de valor nas empresas em que investe e um time capacitado. IFC e Vinci já eram próximos - ambos são sócios da Equatorial Energia.

A Austral foi criada há quatro anos, com dois negócios separados. Uma seguradora que tem hoje 9% de participação no segmento de seguro garantia, seu principal foco.

Com a parceria do IFC, contam, essa fatia deverá ser consolidada, além de aumentar a operação em outras linhas, como seguro de engenharia e de óleo e gás, que são mais recentes.

A Austral Resseguradora tem hoje 5% do mercado e, segundo Horta, a perspectiva é crescer. A Austral espera gerar prêmios em 2014 próximos a R$ 600 milhões - cerca de R$ 220 milhões na seguradora e R$ 360 milhões da resseguradora. O patrimônio líquido da empresa é de R$ 195 milhões, que combina o investimento inicial mais os lucros acumulados.

Para o IFC, o investimento no setor de seguros é estratégico dentro de seu propósito de desenvolvimento. "Quanto mais desenvolvido o setor de seguros, melhor a alocação de risco na economia e mais eficiente será o uso do capital", diz Gomez Ang.

Falando especificamente sobre o Brasil, o executivo diz que a estratégia do IFC está ligada à melhor da competitividade, eficiência e financiamento em infraestrutura, colocando o setor privado no segmento. A justificativa para ter participações em algumas companhias por aqui está na ainda baixa penetração do setor. Segundo Gomez Ang, a taxa média de penetração, que divide os prêmios pelo PIB de cada país, apresenta média global de 9%, enquanto no Brasil está em cerca de 3% e em outros mercados emergentes, como Chile e Índia, entre 4% e 5%. "O Brasil ainda é menos desenvolvido nesse ramo, e enxergamos grande oportunidade", diz.

Horta estima que o segmento tende a amadurecer no país acompanhando a evolução do crédito. "Qualquer tipo de seguro protege contra incertezas. Na medida em que o crédito cresce e as pessoas ou empresas têm algo para pagar no futuro, a eventualidade gera um estresse maior, o que aumenta a procura pelo seguro", diz.

O IFC encerrou o ano fiscal de 2014 com US$ 1,3 bilhão investido em seguros globalmente, sendo no Brasil US$ 320 milhões, já incluído o valor na Austral. Por aqui a estratégia se divide em produtos de varejo, com a fatia na Sulamérica; uma segunda perna voltada para empresas, com seguro garantia, infraestrutura e agronegócio, em que se insere a Austral Seguradora; além de resseguros, com a Austral Re e a Terra Brasis. Fonte: Valor Econômico Por Ana Paula Ragazzi Leia mais em seguros-se 09/09/2014



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