IPOs serão menores nos próximos 2 anos, diz BM&FBovespa
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IPOs serão menores nos próximos 2 anos, diz BM&FBovespa


O mercado de capitais brasileiro terá nos próximos dois anos uma "nova onda" de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) menores, de acordo com o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Essas operações devem ter, conforme ele, tíquete médio entre R$ 50 milhões e R$ 150 milhões.

 "Há potencial para o mercado brasileiro superar em quantidade as ofertas que aconteceram entre os anos de 2006 e 2008, quando mais de 100 companhias vieram para o Novo Mercado com operações em média de R$ 500 milhões", disse o executivo em entrevista a imprensa, nesta manhã, para comentar os resultados da companhia no terceiro trimestre.

 Edemir também destacou que até 2014 a BM&FBovespa vai entregar "muitas boas notícias" em praticamente todos os mercados administrados pela bolsa. "Estamos no período de colheita de tudo aquilo que estamos plantando. Vamos entregar uma boa notícia por mês", prometeu ele, confirmando os investimentos da bolsa da ordem de R$ 1,1 bilhão até 2013.

 A bolsa planeja concluir todo o projeto de integração das suas clearings, previsto para 2015, para depois analisar possíveis parcerias com concorrentes interessados em ingressar no Brasil. Isso não quer dizer, conforme Edemir, que a bolsa não vai avaliar possíveis pedidos para utilização de sua clearing no futuro. "Não vamos nos afastar dos projetos que têm significância espetacular para nós, para o mercado e reguladores para avaliar pedidos antes da conclusão do nosso projeto de integração das clearings", reforçou ele em entrevista a imprensa, nesta manhã.

 Como há vários segmentos, de acordo com Edemir, o projeto de integração das clearings está ocorrendo em etapas. Até o final de 2014, a BM&FBovespa espera ter concluída a transição das plataformas de derivativos e ações, que terá início no final de 2013. "O projeto estará 100% implantado, em voo de cruzeiro, com as plataformas de câmbio e ativos integradas, no final de 2015", informou o executivo.

 Apesar do interesse de novas bolsas em ingressar no Brasil utilizando a clearing da BM&FBovespa, Edemir disse que o projeto de integração das câmaras da bolsa não mudou por conta disso. Esta semana, o executivo havia dito que a bolsa teria de trabalhar rápido com o projeto em meio ao aumento da fila de clientes interessados em atuar com a clearing da BM&FBovespa. Hoje, disse: "precisamos nos estruturar para se alguém bater na porta". Segundo ele, até agora apenas a Direct Edge bateu na porta da bolsa com o interesse de usar sua clearing. Esta semana, a Nyse Euronext, controladora da Bolsa de Nova York, anunciou a sua intenção de criar uma plataforma de negociação de ações no Brasil utilizando a clearing da Bolsa.

 Sobre a ofensiva da Nyse, o presidente da B&FBovespa disse que acompanhou o assunto apenas pela mídia local e que ainda "não entendeu o projeto da concorrente". Por Aline Bronzati, da Agência Estado,
Fonte: estadao 07/11/2012



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