Marcas e Empresas
JMalucelli vende térmica por falta de bagaço de cana
Além da falta de matéria-prima, a prefeitura de Ribeirão Preto já não queria mais que a térmica operasse no local
Neste ano, praticamente todas as termoelétricas do país precisaram ser acionadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) devido à escassez de chuvas. A JMalucelli Energia, ao contrário, obteve em junho autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para desligar e desmontar sua usina térmica movida a bagaço de cana-de-açúcar, no município de Ribeirão Preto (SP).
A usina foi despachada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) em janeiro, fevereiro, março e abril deste ano, quando foi ligada pela última vez, após 11 anos em operação.
A empresa colocou à venda os equipamentos, que serão comercializados em um lote único. O presidente da JMalucelli Energia, João Marcos Prosdócimo Moro, espera atrair interessados, sobretudo agora, com a alta do dólar. "Já recebemos consultas", diz o executivo. Sua expectativa é vender os equipamentos por cerca de R$ 20 milhões.
Segundo ele, a operação da termoelétrica ficou inviável devido aos altos preços do bagaço de cana. Como a JMalucelli não produz cana-de-açúcar, precisava comprar o insumo das usinas de açúcar e álcool. Mas elas também investiram em cogeração de energia nos últimos anos e já não possuíam mais excedentes de bagaço de cana para ofertar no mercado. A térmica da JMalucelli era a última usina localizada em Ribeirão Preto que não estaca associada a uma indústria sucroalcooleira.
A empresa já precisou pagar entre R$ 130 e R$ 150 por uma tonelada de bagaço, que chegou a custar mais caro que uma tonelada de cana-de-açúcar, afirmou Moro. Em alguns momentos, a usina queimou cavaco de madeira, mas essa alternativa também se tornou muito cara porque a empresa precisava trazer a matéria-prima de locais distantes, que consumiam altos custos de frete.
Além da falta de matéria-prima, a JMalucelli enfrentava outros tipos de problemas, que fizeram a companhia optar por desmontar a usina. A prefeitura de Ribeirão Preto não queria mais que a térmica funcionasse no local, por estar muito próximo da área urbana, afirmou Moro.
A energia da térmica havia sido vendida em leilões em contratos por disponilidade. Eles deveriam durar até 2018 e 2019, mas foram cancelados pela Aneel. Os contratos garantiam um faturamento em torno de R$ 4,5 milhões por mês à usina. Segundo Moro, a térmica era acionada quando o preço da energia no mercado disponível (PLD), superava R$ 160 por MWh
O executivo espera pode vender a térmica para empresas instaladas no Centro-Oeste, por exemplo, que podem usá-la para queimar cavaco de madeira. Os preços da energia térmica no leilão realizado na semana passada, em torno de R$ 135 por MWh, são "convidativos", disse o presidente da empresa. Claudia Facchini Valor Econômico
Fonte: novacana 07/09/2013
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