Marcas e Empresas
Klabin estuda fábrica de celulose de R$ 3,8 bilhões
Foco da empresa é o mercado de fluff, matéria-prima utilizada na produção de itens como fraldas e absorventes.
Após fechar o terceiro trimestre no prejuízo, a Klabin anunciou que sua intenção não é mais ficar focada somente no mercado de papéis e embalagens.
Está em estudo na companhia um projeto cujo objetivo é criar uma nova empresa focada apenas na produção de celulose, de acordo com o presidente, Fábio Schvartsman.
Se aprovada pelo conselho de administração, a fábrica irá totalizar investimento de R$ 3,8 bilhões.
Shvartsman pretende levar a proposta ao conselho no primeiro trimestre de 2012 para que a fábrica entre em funcionamento em 2014.
Antes disso, o presidente está à procura de investidores interessados em aplicar capital na fábrica e, além disso, espera também que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja responsável por uma fatia do montante total necessário.
A Klabin já possui as florestas necessárias para o empreendimento, que totalizam cerca de R$ 1 bilhão do total necessário para a fábrica.
Após a compra da Vale do Corisco, ocorrida no início deste mês em parceria com a Aracruz, a empresa completou 110 mil hectares de terras plantadas com pinus e eucaliptos disponíveis para o projeto de produção de celulose.
E não é só a Klabin que está de olho no mercado de celulose. Outras empresas como Suzano e o grupo Eldorado, da JBS Friboi, também já anunciaram suas fábricas para até 2014.
A Fibria, por exemplo, além de investir na produção, abandonou o mercado de papéis em setembro para se focar totalmente na celulose.
No caso da Klabin, o maior interesse é na celulose do tipo fluff, matéria-prima utilizada na fabricação de itens como fraldas e absorventes. Para este tipo de produto é necessário produzir celulose de fibra longa.
"O mercado interno já está abastecido de fibra curta", diz.
Segundo ele, enquanto a tonelada de fibra curta custa hoje cerca de US$ 160, o fluff chega a US$ 265, em valores por tonelada.
De acordo com o estudo feito pela Risi, consultoria especializada na indústria de base florestal, o consumo de celulose fluff no país deve alcançar 300 mil toneladas neste ano.
O número é estimulado pelo crescimento do mercado de fraldas e absorventes que, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) aumentou 11,4% de 2009 para 2010. Por Carolina Pereira
Fonte:Brasileconomico24/11/2011
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