Marcas e Empresas
Laboratório isralense Teva oferece US$ 40 bilhões pela rival Mylan
O centro de logística da Teva Pharmaceutical na cidade de Shoam, Israel. A fabricante de medicamentos genéricos isralense ofereceu US$ 40,1 bilhões pela compra da rival Mylan - Dan Balilty / AP
O Teva Pharmaceutical, maior fabricante israelense de medicamentos genéricos, ofereceu US$ 40,1 bilhões pela compra de seu rival Mylan ,acordo que criaria uma gigante de desenvolvimento de genéricos no mundo. O laboratório israelense argumenta que sua proposta é uma alternativa melhor do que a possível aquisição da fabricante de ingredientes e medicamentos genéricos Perrigo pela Mylan, anunciada no início deste mês.
A nova proposta foi divulgada depois de semanas de especulações sobre uma possível oferta da Teva, considerada a maior empresa mundial de medicamentos genéricos, pela Mylan, que até o momento não fez comentários sobre a suposta negociação, embora anteriormente havia dito que não estava interessada em um acordo.
O laboratório israelense afirmou que a oferta de US$ 82 por ação, em dinheiro e ações, representa um ganho de 48% sobre o preço da ação da Mylan em 10 de março, último dia de operações prévia à onda de especulações em torno de um acordo entre as farmacêuticas. Nas primeiras horas desta terça-feira, as ações da Mylan subiam 8,8%, sendo cotadas a US$ 74.
Depois de iniciados os rumores de uma oferta do Teva, o presidente-executivo da Mylan, Robert Coury, disse, em um comunicado divulgado na última sexta-feira, que as duas companhias não se encaminhavam para uma fusão. E acrescentou que estava comprometido com a oferta de US$ 29 bilhões que fez pela compra do laboratório Perrigo. Disse ainda que as autoridades regulatórias antitruste não aprovariam um acordo com a Teva pois seus negócios coincidiam em vários campos.
A Perrigo, com sede na Irlanda, informou que vai rever a oferta da Mylan.
Mylan adotou uma cláusula de defesa, um plano de direitos aos acionistas que torna menos provável uma oferta de compra hostil ao diluir o valos das ações.
Mas, como a indústria farmacêutica passa por uma rodada frenética de consolidação, a israelense Teva preferia tentar tornar-se a maior do mercado do que ver um de seus principais rivais crescer.
"Nossa proposta é atraente tanto para os acionistas da Teva como da Mylan e de outras partes interessadas", ressaltou Erez Vigodman, CEO da Teva, em um comunicado.
Confiante, Vigodman acrescentou que qualquer exigência regulatória necessária para fechar o acordo ?será atendida de maneira apropriada?
No caso de uma fusão, as empresas teriam uma receita anual de cerca de US$ 30 bilhões e lucro bruto de US$ 9 bilhões. Além disso, a Teva ganharia competitividade contra rivais como a SunPharma, que se consolidou numa posição melhor no mercado quando assumiu o controle da Ranbaxy em 2014.
Mais da metade da receita da Teva vem da fabricação de drogas genéricas, enquanto que a Mylan fabrica mais de 1,4 mil medicamentos e tem 25 mil funcionários. OGlobo | leia mais em meusconteudos 21/04/2015
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