Marcas e Empresas
Mega compra canais
A Mega, empresa de sistemas de gestão sediada em Itu, no interior de São Paulo, anunciou a compra por um valor não revelado dos canais Mega Curitiba e Informaction Empresarial, além de uma participação não revelada na Mega Minas.
A Mega Curitiba era o seu maior canal no país e responsável pelo desenvolvimento da vertical construção civil do seu ERP, atendendo a 150 clientes. A Informaction Empresarial é sediada em Campinas, atende ao segmento de indústria, com 80 clientes.
Já a Mega Minas era um parceiro de menor porte, parte do ecossistema há apenas cinco anos. A Mega não revelou o número de clientes agregados com essa operação, apenas que a expectativa era que o canal mineiros chegasse ao terceiro lugar entre os parceiros até 2016.
Ao todo, a Mega passa a totalizar 2 mil e 500, respectivamente, nas sedes de Itu e nas filiais do Rio de Janeiro e Curitiba. Outros 200 funcionários atuam em 15 canais espalhados pelo país.
A Mega não abriu o faturamento dos canais adquiridos. Sem eles, a empresa faturou R$ 32,8 milhões no primeiro semestre de 2014, uma alta de 9% em relação ao apurado no mesmo período do ano passado. A meta para o ano é atingir R$ 75 milhões, alta de 15%.
Além dos softwares para construção e indústria, a empresa, no mercado desde 1985, tem também verticais para logística, combustíveis, agrobusiness e serviços.
“É mais um passo na atualização do nosso modelo e gestão, visando maior agilidade com seus parceiros e a evolução de sua linha de produtos e processos. Estamos nos consolidando como uma das mais fortes companhias nacionais de ERP”, afirma Walmir Scaravelli, diretor e sócio-fundador da Mega.
A Mega está tomando medidas administrativas tipicamente adotadas por empresas com planos de expansão continuada.
Nos primeiros meses do ano, a Mega deixou de ser uma empresa limitada para ser uma S/A com capital fechado nas mãos dos sócios. Será criado também um conselho de administração.
A mudança será acompanhada da contratação de uma auditoria independente que irá validar a sua contabilidade, as contas e riscos de todos os departamentos a cada ano.
A afirmação de Scaravelli de que a Mega está se consolidando como uma das maiores companhias nacionais de ERP tem tanto a ver com o seu desempenho como como cenário de consolidação dos players nacionais capitalizado por empresas como a Totvs, e, mais recentemente, a Linx.
Dados de uma pesquisa anual da FGV sobre o mercado de sistemas de gestão no país mostram que no segmento de empresas menores, com até 170 teclados, a Totvs lidera com 52% frente a 9% de SAP e Oracle e um número importante de outros, com 30%.
Um pouco acima, na faixa entre 170 e 700 teclados, a participação dos “outros”, majoritariamente empresas brasileiras como a Mega, já fica em 18%, frente a 41% da Totvs, 24% da SAP e 17% da Oracle.
A Totvs já deu sinais que encerrou seu movimento consolidador no mercado de ERPs, se dedicando nos últimos anos a comprar empresas com soluções complementares. A Linx segue fazendo aquisições, a maioria delas de fornecedores na área de varejo e alguns na área de postos de combustíveis, na qual concorre diretamente com a Mega.
Outro player independente a ser considerado é a Senior, empresa de Blumenau que fechou o último semestre com faturamento de R$ 85,6 milhões um crescimento de 37% sobre o valor registrado no mesmo período em 2013.
Desse total, que deve fechar o ano em R$ 190 milhões, cerca 40% vem da área de ERP (outros 40% são de softwares de folha de pagamento e 20% de soluções de controle de acesso).
A Senior está um pouco adiante da Mega na trilha quando o assunto é gestão, tendo formado a sua S/A e um conselho de administração em 2011.
Desde então, a empresa também vem adquirindo seus canais, sendo o último deles a PMS, parceiro localizado em Indaiatuba, região de Campinas, que sozinho respondia por 20% da receita.
Eventualmente, tanto a Mega quando a Senior darão o passo seguinte, seja ele qual for, dando início a uma nova fase no mercado de ERP do Brasil. Maurício Renner | Leia mais em Baguete 04/09/2014
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