MicroStrategy passa a caçar dados nas redes sociais
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MicroStrategy passa a caçar dados nas redes sociais


A MicroStrategy, fornecedora americana de sistemas de gestão e ferramentas de análise de dados (o chamado Business Intelligence, ou BI) decidiu levar a sua tecnologia para as redes sociais. A companhia lançou nesta semana um aplicativo que é capaz de extrair e classificar dados dos usuários do Facebook. A ideia é que, com essas informações em mãos, as empresas clientes possam desenvolver melhor suas estratégias de marketing na rede social.

No Brasil, a tecnologia foi apresentada por Deron Miller, vice-presidente sênior da MicroStrategy para Américas. "As pessoas compartilham informações poderosas nas redes sociais, que podem ser usadas pelas empresas sem ferir as regras de privacidade do Facebook", afirma Miller.

Os programas existentes no mercado organizam os dados dos usuários de forma demográfica: por faixa etária, classe social, sexo, estado civil e localização, diz o executivo. O aplicativo desenvolvido pela MicroStrategy analisa informações publicadas por usuários de uma "fan page" [nome dado ao perfil público de uma companhia na rede social] da empresa cliente, como preferências culturais, gostos sobre produtos e atividades que realiza.

Uma loja de produtos para o lar, por exemplo, pode enviar promoções aos usuários que acompanham sua "fan page" e publicaram no mural que vão se casar. "Uma mala direta tem uma taxa média de conversão de 3%. A compilação de dados na rede social integrada à base de dados de clientes da empresa permitirá uma ação de vendas mais eficaz", diz Flávio de Andrade Bolieiro, vice-presidente da MicroStrategy para América Latina.

A empresa também lançou um aplicativo para iPhone que reúne em uma única tela informações extraídas de diferentes redes sociais, como Facebook, Twitter e LinkedIn.

Pode soar estranho uma empresa de BI lançar aplicativos para redes sociais. Mas esses produtos fazem parte da estratégia da MicroStrategy para se manter competitiva em meio às mudanças no mercado de software. Miller diz que quatro tendências têm influenciado todo o setor de software: o tráfego excessivo de dados, o uso da internet em dispositivos móveis para a tomada de decisões, o armazenamento de dados e softwares em centros de dados remotos (a chamada nuvem) e o uso empresarial das redes sociais.

Essas quatro tendências têm forçado as empresas de BI a se voltar mais para a oferta de software como serviço - um modelo pelo qual o programa é usado via internet e pago por meio uma tarifa mensal - em vez da venda tradicional de software e equipamentos. A MicroStrategy investiu US$ 100 milhões em um centro de dados próprio para ampliar sua oferta de software como serviço, principalmente para melhorar o acesso aos programas de análise de dados a partir de smartphones e tablets, com uso de banda larga móvel.

Atualmente, 60% da receita da companhia baseia-se na venda de programas sob o modelo tradicional e 40% na de software como serviço. Mas a tendência é de que essa proporção se inverta nos próximos anos, embora não haja uma data definida para isso ocorrer.

No mundo, a MicroStrategy encerrou 2010 com receita de US$ 454 milhões. A previsão para este ano é de um crescimento de aproximadamente 10%, o que levaria o faturamento à marca dos US$ 500 milhões.

Para o mercado brasileiro, a companhia prevê incremento na receita de 18% a 20%, para US$ 18 milhões. O segmento de BI no Brasil movimentou US$ 296 milhões no ano passado e a projeção é um crescimento em torno de 18% neste ano, segundo dados da consultoria IDC.
Fonte:Valoreconômico16/09/2011



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