Negócios de tecnologia já chegam ao nível pré-crise.
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Negócios de tecnologia já chegam ao nível pré-crise.


No ano, fusão e compra atingem US$ 323 bi.

Os negócios de tecnologia e telecomunicações voltaram ao nível pré-crise. Graças às grandes aquisições, como a da T-Mobile pela AT&T por US$ 39 bilhões, o montante de fusões e compras no setor se aproxima aos níveis última vez vistos em 2008.

O volume de negócios alcançou US$ 323,3 bilhões nos primeiros oito meses do ano, segundo a consultoria Dealogic, alta de 19% ante o mesmo período no ano passado.
Esse número é próximo dos US$ 338,8 bilhões alcançados em agosto de 2008, logo antes da crise bancária que pôs esses negócios em espera. Executivos afirmam que as fusões têm crescido devido às mudanças na indústria.

Duas das maiores invenções da tecnologia da informação da história, o computador pessoal e o celular, estão se fundindo no smartphone, e as empresas correm para se adaptar, disse Guido Mengelkamp, do setor de tecnologia do Citigroup.

“O principal negócio dessas empresas está sob forte pressão, e elas estão usando as fusões e as aquisições para se transformarem”, disse Kurt Simon, co-diretor de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações do JPMorgan.

“O passo da mudança acelerou e isso está criando atividade mais ousada. Muito está sendo estimulado por transformações no mercado de tecnologia móvel e de computação em nuvem.”

A HP, por exemplo, que anunciou na semana passada a compra da Autonomy, empresa de software britânica, por US$ 11,7 bilhões, responde à demanda decrescente por PCs ao reorganizar fortemente seu negócio.

“As empresas estão com muito dinheiro num ambiente de pouco crescimento, então elas usam as fusões e aquisições como ferramenta efetiva para gerar crescimento inorgânico”, disse Simon.

Alguns negócios realizados por empresas americanas em outros países foram estimulados por uma questão tributária: para trazer as grandes reservas da Europa para os EUA, companhias teriam de pagar pesados impostos.

Quando a Microsoft comprou o Skype por US$ 8,5 bilhões, o dinheiro usado veio de reservas na Europa.

O Goldman Sachs lidera no ranking dos bancos envolvidos nas fusões e compras do setor no ano com US$ 98,3 bilhões, seguido pelo JPMorgan (US$ 94,5 bilhões) e pelo Morgan Stanley (US$ 92 bilhões).
Fonte:FolhadeSP25/08/2011



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