Marcas e Empresas
Após firmar uma joint venture com a gigante espanhola Hotusa Hoteles, a brasileira Nobile Hotéis planeja investir R$ 1,75 bilhão em capital de terceiros nos próximos cinco anos. Para figurar entre as dez maiores empresas do setor no Brasil, a operadora hoteleira pretende abrir 75 hotéis até 2016 entre novos empreendimentos e conversões.
"Hoje administramos um patrimônio de terceiros de R$ 800 milhões. Para os próximos cinco anos, o objetivo é passar para R$ 2,55 bilhões", conta o sócio brasileiro e diretor executivo da Nobile, Roberto Bertino.
Este ano, a operadora está investindo R$ 320 milhões. Ela pretende abrir cinco empreendimentos no primeiro semestre de 2013. O primeiro será o Brisas do Lago Eurostars, em Brasília. O hotel de 750 apartamentos deve ser inaugurado em maio de 2013. Depois, serão inaugurados hotéis em Recife (212 quartos), Fortaleza (729), Cuiabá (152) e Salvador (133).
Dos 75 hotéis para os próximos quatro anos, os executivos esperam que entre 50 e 60 fiquem no Sudeste e no Sul. A Nobile opera 21 hotéis concentrados nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, onde, segundo Bertino, as oportunidades do setor hoteleiro se concentraram nos últimos anos. "Daí as operadoras terem focado nessas regiões. No Nordeste, tínhamos um projeto atrás do outro", comenta. "Agora nosso foco de prospecção de negócios está no Sul e no Sudeste", define o executivo.
A Nobile tem uma carta de intenções assinada com uma empreiteira para um projeto no Rio e outro em Porto Alegre. E estuda três projetos em São Paulo, um deles para utilizar sua bandeira na capital paulista. As negociações para tocar esses empreendimentos devem ser concluídas nos próximos três meses.
A nova empresa vai administrar quatro bandeiras. A Hotusa quer trazer para o Brasil a Eurostars, que já opera no exterior, com cinco e quatro estrelas. Haverá, ainda, a iTouch, de nível intermediário e apelo tecnológico, o econômico Exe Hotéis e a marca Nobile será mantida em alguns hotéis que já operam sob essa bandeira.
Concluída em novembro passado, a joint venture envolve a operação de hotéis, apart-hotéis e resorts da Nobile. Com a operação, o grupo espanhol detém 60% de participação acionária na nova empresa, que ainda não tem nome definido. A Nobile controla os outros 40%, mas mantém sob seu comando a operação dos hotéis no Brasil.
Segundo o presidente e controlador da Hotusa, Amancio Seijas, que detém 52% do grupo, a entrada no Brasil é parte de um plano de expansão na América Latina. "É uma região emergente tanto para negócios quanto para turismo em que temos a vantagem da proximidade cultural."
A Hotusa tem projetos na Colômbia, e interesses em ampliar negócios na Argentina, Chile, Peru e México. "Normalmente fazemos a entrada no país diretamente, mas no Brasil, por suas características e seu potencial de crescimento, pensamos que era melhor buscar um sócio local, com conhecimento prévio do mercado", afirma Seijas.
A expectativa de Bertino é que a nova empresa fature R$ 170 milhões em 2012. No ano passado, a Nobile faturou R$ 126 milhões, um crescimento de 40% sobre o faturamento de 2010 que somou R$ 84 milhões.
A Hotusa faturou em 2011 € 765 milhões, 12,5% a mais que no ano anterior. O grupo espanhol tem sob suas bandeiras Eurostars Hotels, Hotusa Hotels e Elysées West Hotels 2.516 empreendimentos distribuídos em 50 países. São 2.400 hotéis administrados por terceiros e 116 sob administração direta, que somam mais de 220 mil quartos.
Fonte:Valor09/03/2012
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A expectativa de Bertino é que a nova empresa fature R$ 170 milhões em 2012. No ano passado, a Nobile faturou R$ 126 milhões, um crescimento de 40% sobre o faturamento de 2010 que somou R$ 84 milhões.
A Hotusa faturou em 2011 € 765 milhões, 12,5% a mais que no ano anterior. O grupo espanhol tem sob suas bandeiras Eurostars Hotels, Hotusa Hotels e Elysées West Hotels 2.516 empreendimentos distribuídos em 50 países. São 2.400 hotéis administrados por terceiros e 116 sob administração direta, que somam mais de 220 mil quartos.
Fonte:Valor09/03/2012
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