Marcas e Empresas
Nova Opersan avalia ativo em SC e planeja ter cinco estações
'Estabelecemos nossas bases, agora entramos em uma fase de expansão mais acelerada', diz Werneck, presidente
Com pouco mais de um ano de história, a Nova Opersan, empresa de tratamento de águas e efluentes para clientes corporativos, conclui neste trimestre a compra de dois ativos e prepara duas novas ofensivas: a aquisição de uma unidade de tratamento em Santa Catarina e o projeto de uma nova estação própria, disse ao Valor Sérgio Werneck Filho, presidente da empresa.
A companhia foi criada em junho de 2012 a partir da associação das empresas Opersan e Enasa e do fundo P2Brasil. Nasceu com R$ 600 milhões para investir e já realizou, ao todo, quatro aquisições.
As compras mais recentes foram das empresas HZT Soluções e HAZ, que pertenciam à Haztec, companhia fluminense que passou a ser controlada pelo grupo Foxx. A incorporação da HZT foi totalmente concluída em julho, e a aquisição da HAZ está em processo de finalização, com as discussões dos últimos detalhes. As companhias não informam os valores, mas segundo apurou o Valor, a transferência dos ativos custou à Nova Opersan em torno de R$ 60 milhões.
Antes disso, a empresa comprou a Brasquip Ambiental, especializada no tratamento líquidos industriais, e a GT Ambiental, que tinha dez estações de tratamento em Minas Gerais.
Considerando também o capital investido para formar suas equipes e suas estruturas administrativas, financeiras e técnicas, a companhia desembolsou entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões em seus primeiros 15 meses de vida. Agora tem ao menos mais R$ 400 milhões para aplicar. 'Hoje, a empresa está supercapitalizada', diz Werneck Filho.
Neste momento, negocia a compra de uma estação de tratamento em Santa Catarina. A unidade atende apenas uma empresa local e está com 50% de ociosidade. O objetivo da Nova Opersan, afirma Werneck Filho, é melhorar os processos da unidade e elevar seu aproveitamento, para que possa prestar serviços também a outras indústrias da região.
Em seguida, a empresa pretende desenvolver um projeto de uma nova estação própria de tratamento de água e efluentes. O executivo não disse o local, mas afirmou que os Estados onde a companhia está (SP, MG, RJ, SC, ES, BA, CE) são os prioritários. 'Fora disso, vamos ver as oportunidades de acordo com a demanda', afirmou.
Originalmente, a empresa tinha uma unidade em Jundiaí (SP), vinda da Opersan. Pouco depois, a estação de tratamento de Jandira (SP) foi incorporada com a compra da Brasquip. Com a GT Ambiental, a companhia entrou em Minas Gerais, com dez estações de tratamento. A partir da aquisição da HZT, começou a atuar nos demais Estados e a oferecer as chamadas operações dedicadas, que são contratos firmados com clientes para a realização de serviços em estações detidas pelo cliente, que podem ou não ter sido construídas pela Nova Opersan.
Com a HAZ, a companhia passa a ter mais uma estação própria, em Santa Cruz (RJ), e fortalece suas operações 'offsite', que são serviços prestados para clientes nas unidades de tratamento próprias da Nova Opersan. Seu portfólio ganha mais 60 clientes com o novo ativo, o que eleva o total a 760, incluindo indústrias, edifícios comerciais e shopping centers, segundo Fabrício Drumond, diretor comercial da companhia.
Atualmente, 60% das receitas da companhia vêm das operações dedicadas e os demais 40% são provenientes das operações 'offsite'. No ano passado, nos seus sete meses de existência, a Nova Opersan faturou R$ 3,5 milhões mensais em uma base recorrente. Neste ano, suas receitas estão entre R$ 7 milhões e R$ 12 milhões ao mês.
No momento, Drumond afirma que a empresa tem um portfólio de 100 propostas de clientes para começar a operar, o que deixa os executivos otimistas para o ano que vem. 'Vejo um 2014 mais divertido do que este ano. Por enquanto, estabelecemos nossas bases, agora começamos a entrar em uma fase de expansão mais acelerada', diz Werneck Filho.
A empresa concorre com áreas específicas de empresas como Estre, Degrémont e Veolia, que em geral têm atuações mais amplas no setor de saneamento, o que inclui o desenvolvimento de tecnologias, além do tratamento de águas, efluentes e resíduos também para clientes do setor público. (Colaborou Beatriz Cutait) Valor Online
Fonte: tratabrasil 26/09/2013
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