Os planos da Marabraz para a volta do Mappin
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Os planos da Marabraz para a volta do Mappin


O empresário Nasser Fares fixa prazo até a Copa de 2014 para reabrir a varejista.

Com o projeto de lançamento das lojas Mappin em fase avançada, Nasser Fares, dono da Marabraz, precisa agora de dinheiro para trazer a varejista de departamentos de volta às ruas.

 "Podemos recorrer a um banco, mas um sócio também seria bem vindo", disse o empresário em entrevista exclusiva ao Brasil Econômico.

 Fares arrematou a marca Mappin em um leilão no início de 2010 por R$ 5 milhões e desde então tem feito mistério sobre o futuro de uma das mais tradicionais varejistas do país.

 Apesar de ver com bons olhos a entrada de um parceiro financeiro em sua empreitada, Fares afirma ainda não ter saído em busca de um investidor. O momento exige cautela. Este ano, a Marabraz não está apresentando crescimento de vendas, assim o empresário prefere esperar um pouco mais para trazer de volta a rede ao mercado.

 "Vamos fazer a primeira inauguração até a Copa do Mundo de 2014", afirma. O plano inicial era abrir a primeira unidade em 2013. "Nossas vendas estão estáveis e o mercado como um todo está assim", diz o empresário.

 A ideia é seguir o mesmo formato das antigas unidades do Mappin: lojas grandes, com vários andares e diversos departamentos. Para isto, Fares vai ter de passar a comercializar eletroeletrônicos, algo que ele vem resistindo desde 1986, quando abriu a primeira Marabraz.

 Ao contrário de suas concorrentes Casas Bahia, Ponto Frio e Magazine Luiza, a rede comandada por Fares só vende móveis. "A Marabraz sempre foi uma loja focada, nunca foi o objetivo (comercializar eletroeletrônicos)", afirma.

 A rede é bastante conservadora em relação a concorrência. É avessa a fusões e aquisições e cresce apenas com a abertura de novas lojas. Comprar a marca Mappin foi uma exceção aberta pela empresa. 

Por muitos anos, a varejista fundada em 1913, esteve entre as principais redes do país. Até que em 1996, a rede foi adquirida pelo empresário Ricardo Mansur. Um ano depois, ele arrematou outra varejista importante da época, a Mesbla, que estava endividada. Em 1999, as duas redes foram a falência e 10 mil funcionários ficaram sem emprego.

 Na época, Mansur atribuiu sua derrocada nos negócios a falta de crédito. Ele diz ter sido encorajado por um banco a comprar a Mesbla. Logo depois, a mesma instituição, teria cortado suas linhas de financiamento.

 A marca Mappin foi a leilão, mas a Mesbla ainda pertence a Mansur. Em 2010, o empresário tentou trazer a varejista de volta ao mercado com a venda de produtos femininos pela internet, mas o projeto não foi para frente.Por Cintia Esteves
 Fonte: brasileconomico14/08/2012



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