Marcas e Empresas
Pequenas e médias ampliam canais de vendas na área de tecnologia
A procura por novos pontos de vendas devido à demanda em alta têm alavancado o crescimento de empresas de tecnologia da informação (TI) enquadradas no perfil de pequenas e médias empresas (PME). No caso da brasileira VTEX, desenvolvedora de plataformas para comércio eletrônico (e-commerce), a América do Sul aparece como oportunidade de adotar estratégias de expansão para alavancar as cifras de seu faturamento. A meta da empresa é instalar franquias no Chile e na Argentina até o final de 2011, com a esperança de que o mercado latino possa fazer com que as receitas da empresa cheguem a R$ 100 milhões até 2016, alta de 614,3% em relação ao faturamento atual.
Outra empresa de olho em mais canais de venda é a RV Tecnologia, rede de transações eletrônicas e venda de serviços pré-pagos que registrou crescimento de 12% em sua base de clientes por conta da expansão de seus canais no País. Para isso, foi aplicado investimento de R$ 5 milhões na melhoria da sua base tecnológica de suporte à captura. Até o final de 2011 os investimentos em melhorias tecnológicas devem totalizar mais de R$ 10 milhões. "Nosso objetivo é consolidar uma rede com 30 mil pontos de venda, aumentando nossa presença em todos os Estados brasileiros", conta o diretor geral da RV Tecnologia, Valmor Bosi. No caso do e-commerce no Brasil, o ramo tem registrado crescimento nos últimos cinco anos que chegam a taxas de 40%. Em 2010, foram transacionados cerca de R$ 14,8 bilhões na rede. Em 2011, a projeção da e-Bit, empresa de pesquisa na área de comércio eletrônico, é de que sejam registrados R$ 20 bilhões em negócios. Por conta deste cenário, a VTEX adotou como estratégia aumentar a sua participação também na América Latina, onde, acreditam, muitos dos clientes de sua carteira vão atuar nos próximos meses. "Entre nossos clientes estão a rede Walmart, a Nokia e a Polishop, empresas que já atuam ou pretendem atuar em uma plataforma de comércio eletrônico no mercado latino. Nosso objetivo é estar presente de maneira sólida nesses países para atender aos nosso clientes, além de prospectar novos negócios", conta Geraldo Thomaz Jr., sócio-fundador da empresa.
De acordo com o executivo, o modelo que será adotado pela companhia na Argentina e no Chile será o de franquia, ou seja, empresas locais que atuam no mesmo setor e que possam formar parcerias. "Provavelmente o modelo adotado será o de franquias. Estamos estudando a entrada de parceiros desses países para que possamos definitivamente entrar no mercado latino."
Aquisições
A VTEX, que projeta faturamento de R$ 14 milhões para 2011, vai investir R$ 16 milhões em novos produtos nos próximos três anos. Além disso, boa parte da verba será destinada à aquisição de empresas que atuam no mesmo setor que a VTEX mas que possuam Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação ) menores. "Para este ano já temos planejada a aquisição de duas empresas de e-commerce", revela Thomaz Jr. O executivo conta que a estratégia de aquisições vai ser um dos motores que vão alavancar o faturamento da empresa em R$ 100 milhões até 2016. Isso vai ser possível por meio do modelo de negócio da empresa, baseado no conceito de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês). "Este modelo permite que tenhamos apenas um único custo para todos os nossos cliente, pois o software de e-commerce é o mesmo para todos eles", explica.
Para entender melhor, o modelo "SaaS" é um software executado em um servidor, não sendo necessário instalar o sistema no computador do cliente. Basta acessá-lo pela Internet. Isso implica na forma de gerar receita com a distribuição de um sistema. No modelo, vende-se um produto e recebe-se por ele ao entregá-lo ou durante seu desenvolvimento cobrando geralmente altos valores. No modelo de serviços, se desenvolve uma solução sem cobrar nada do cliente e depois ela será disponibilizada na Internet para que vários clientes possam usufruir de seus serviços.
Fonte:DCI20/07/2011
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