PIRAQUÊ
Marcas e Empresas

PIRAQUÊ



Quem não traz, entre as memórias da infância, especialmente os cariocas, os lanches com goiabinha ou com os salgadinhos de queijo e presunto da PIRAQUÊ? A marca carioca de biscoitos e massas, que já fazem parte da história de muitos brasileiros há mais de seis décadas, oferece delícias doces e salgadas que são presença constante a qualquer hora do dia.

A história
Tudo começou pelas mãos de Celso Colombo em 1950 no bairro de Madureira no Rio de Janeiro, que fundou a empresa com a intenção de ingressar no segmento de biscoitos. Apesar de ser engenheiro agrônomo, a família tinha experiência nesse ramo, já que seu pai, o italiano Romeo, havia criado a marca de biscoitos São Luiz, vendida à suíça Nestlé no final dos anos 60. A inauguração da fábrica aconteceu somente em 1953, onde 200 empregados iniciaram a produção de biscoitos salgados. A nova fábrica era equipada com o que havia de mais moderno na época: a máquina Vicars, com forno contínuo, quando os equipamentos tradicionais exigiam que o biscoito fosse levado em uma bandeja até os fornos. Pouco depois, em 1957, a empresa diversifica sua linha de produtos com o lançamento das massas, nos formatos espaguete e talharini.


A história da marca PIRAQUÊ começaria a mudar radicalmente no ano de 1966 quando foi criado um dos maiores sucessos da empresa: o roladinho goiabinha. O delicioso produto, pequenos biscoitos recheados de goiaba, se tornaria popular entre gerações, e uma presença constante nas mãos das crianças durante os lanches escolares. Nos anos seguintes a empresa também inovou quando foi a primeira indústria brasileira a adotar o pacote como embalagem em um tempo em que os biscoitos eram vendidos em latas, e os caminhões passavam para recolhê-las. Em 1979 a empresa dobra sua capacidade produtiva para atender a demanda cada vez mais crescente, especialmente os biscoitos salgados Presuntinho e Queijinho, dois ícones da marca. No ano seguinte a empresa diversifica radicalmente sua linha de produtos com o lançamento das margarinas. A década de 80 foi marcada pelo aumento de sua linha de biscoitos com a introdução de cream crackers, waffers, maizenas e bolachas recheadas.


A partir de 1997 a empresa investiu mais de US$ 40 milhões na modernização de seu parque industrial, fazendo com que a produção de biscoitos e massas passasse a ser totalmente automatizada. Pouco depois, em 1999, a empresa começou a atuar no nordeste e centro-oeste, e a partir do novo milênio focou no mercado paulista, até então com participação inexpressiva em suas vendas. Em 2000, a empresa inicia a exportação de toda sua qualidade para os Estados unidos e Japão. Nos anos seguintes a marca apostou em receitas exclusivas como a bolacha de água e sal com gergelim, além de uma nova linha de bolachas de ervas finas. O ano de 2007 foi marcado pelo lançamento de uma linha de macarrões instantâneos (disponível nos sabores galinha caipira, picanha grelhada e legumes), ampliando assim sua participação no segmento de massas. Um dos lançamentos mais recentes da marca é a linha de rosquinhas, oferecidas nos sabores chocolate, coco e leite.


A PIRAQUÊ completou 60 anos em setembro de 2010. Quem conheceu a fábrica do Rio de Janeiro nos anos 50 não imaginaria que hoje ela tenha mais de 3.500 funcionários, e toda sua produção de biscoitos, massas e margarinas controlada por computadores. Dessa forma, não há contato humano na produção, garantindo um alto nível de higiene em todo o processo. Alta tecnologia também no laboratório de controle de qualidade, desde a matéria prima até o produto final. Tudo isso para garantir que o produto chegue fresquinho a mais de 60.000 postos de venda só no estado do Rio de Janeiro, que responde por mais de 70% de seu faturamento.


Hoje em dia a PIRAQUÊ não apenas rechaçou as ofertas de compra de multinacionais como se diversificou e incomoda os grandalhões do setor. Embora a empresa venha crescendo em percentual bem maior que a média do mercado, se prepara para implantar uma série de mudanças e modernizações. A primeira delas seria a entrada em novas categorias de produtos que apresentem sinergia com o segmento de biscoitos e massas, como salgadinhos, mistura para bolos, farinha de trigo, achocolatado e refresco em pó.


A evolução visual
Recentemente, em 2009, o tradicional logotipo da marca, criado pela artista Lygia Pape nos anos 60, foi modernizado, ganhando traços mais atuais e um melhor destaque.


Além disso, as embalagens de seus produtos foram todas reformuladas, incluindo seu carro-chefe, a Goiabinha.


Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Fundação: 1950
● Fundador: Celso Colombo
● Sede mundial: Rio de Janeiro, Brasil
● Proprietário da marca: Indústria de Produtos Alimentícios Piraquê S.A.
● Capital aberto: Não
● Presidente: Celso Colombo Filho
● Faturamento: R$ 550 milhões (2011)
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: 10 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 4.500
● Segmento: Alimentos
● Principais produtos: Biscoitos e massas
● Concorrentes diretos: Mabel, Marilan, Nestlé, Triunfo e Aymoré
● Ícones: O biscoito Goiabinha
● Website: www.piraque.com.br

A marca no mundo
A empresa comercializa sua vasta linha de produto, que inclui mais de 90 itens entre biscoitos, massas e margarinas, nos principais estados brasileiros, além de exportar para alguns países da Europa e África, além do Japão. Hoje, a PIRAQUÊ é líder absoluta de mercado no Rio de Janeiro com uma fatia de 40% em biscoitos e 25% no segmento das massas.

Você sabia?
A PIRAQUÊ sempre manteve um alto controle na qualidade de suas matérias-primas. Por exemplo, o gergelim utilizado em bolachas Cream Cracker é importado da Espanha. Já a goiabinha (um dos produtos mais vendidos pela marca) leva goiabada de verdade, e não polpa, como muitos dos produtos similares.
“Piraquê” é um termo de origem tupi que significa “entrada de peixe”, através da junção dos termos pirá (peixe) e iké (entrar).

As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 30/5/2012



loading...

- Mabel
Três gerações de brasileiros, quando crianças, já provaram das rosquinhas MABEL, aqueles biscoitinhos de coco que são vendidos em um pacotão feito para enfastiar os mais exigentes glutões. Um sucesso levou ao outro, e a marca MABEL se tornou...

- Tostines
Basta abrir e comer um pacote de biscoitos da marca TOSTINES que rapidamente vem uma simples dúvida a cabeça de qualquer consumidor brasileiro: Afinal, TOSTINES é fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é fresquinho? - A história A história...

- M. Dias Branco Avalia Compra Do Moinho Santa Lúcia
Com a aquisição, a empresa espera elevar sua posição competitiva em biscoitos De acordo com a Nielsen, o Moinho Santa Lúcia detém 0,2% do mercado de biscoitos e 0,5% do mercado de massas do Nordeste.  A indústria de alimentos M....

- Indústria De Biscoitos Quer Crescer 7% Em Faturamento
A indústria brasileira de biscoitos quer aumentar suas vendas em 3% neste ano, em volume, e elevar o faturamento entre 6% e 7%. De acordo com o novo presidente da Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (Anib), Alexandre Colombo, e também...

- M. Dias Branco Promete Novas Aquisições Em 2012
A líder nacional do mercado de massas e biscoitos, a cearense M. Dias Branco, está pronta para fazer crescer sua participação de mercado em 2012 com novas compras de empresas. “Devemos ter mais aquisições no setor como um todo em 2012 e vamos...



Marcas e Empresas








.