Portobello e Eliane desistem de fusão
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Portobello e Eliane desistem de fusão


O faturamento líquido combinado das duas companhias era estimado em R$ 1,1 bilhão no ano passado.

 A Portobello e a Eliane Revestimentos Cerâmicos informaram nesta quarta-feira (2/5) que decidiram de comum acordo encerrar as negociações que visavam a associação das empresas.

 A decisão ocorre após a conclusão das diligências previstas no memorando de entendimentos, conforme comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 Em dezembro, a companhia firmou com a Eliane um acordo para associação, visando formar uma empresa líder em revestimentos cerâmicos no Brasil e uma das maiores produtoras mundiais.

 O faturamento líquido combinado das duas companhias era estimado em R$ 1,1 bilhão em 2011, com produção de 60 milhões de metros quadrados.
Fonte: Brasil Econômico 02/05/2012

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Portobello e Eliane anunciam fim do plano de fusão

 A Portobello e a Eliane encerraram as negociações que tinham como objetivo a união das duas empresas catarinenses do setor cerâmico. A operação, que resultaria na associação de Portobello e Eliane, foi anunciada em dezembro. Se concretizado, o negócio permitiria que a nova empresa fosse mais competitiva, globalmente, e, principalmente, no mercado brasileiro de revestimentos cerâmicos, no qual os produtos chineses ganham cada vez mais espaço.

 Sem informar detalhes, as empresas divulgaram, em fato relevante, que a decisão foi de comum acordo e tomada após a conclusão das diligências previstas no memorando de entendimentos. Em 30 de março, Portobello e Eliane haviam divulgado que mantinham as tratativas para a união de seus negócios e integração de suas operações, mas que as diligências previstas para serem concluídas, no dia seguinte, ainda estavam em curso.

 Ao Valor, o presidente da Eliane, Edson Gaidzinski Jr., limitou-se a dizer que, ontem, esteve reunido com a presidência da Portobello e que, nos últimos meses, houve um processo que buscava a fusão, mas que não foram encontradas as "sinergias necessárias". Gaidzinski não explicou quais sinergias não foram obtidas. Na época do anúncio da intenção de se unir, as empresas informaram que buscavam complementariedade de produtos e canais de distribuição.

 No mês passado, o processo de fusão era dado como certo por fontes próximas às empresas. Quando Portobello e Eliane adiaram a finalização das auditorias, uma fonte chegou a indicar que o desfecho provável do processo seria a fusão, mas que teria havido postergação das diligências por questão de avaliação de ações trabalhistas e tributárias. Era preciso quantificar essas ações, porque, muitas vezes, esses valores acabam influenciando os ativos das empresas.

 No fim do ano passado, as empresas divulgaram que, conforme o valor de cada uma, a Portobello teria 55% de participação na nova companhia e a Eliane, 45%. Em função de dívidas e outros ajustes, as parcelas foram projetadas para 80% e 20%, respectivamente.

 Se tivesse ocorrido, a consolidação entre Portobello e a Eliane seria um passo importante para o setor, segundo o diretor superintendente da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer), Antonio Carlos Kieling. "O setor é muito pulverizado e precisa ser consolidado", afirmou. Na avaliação do representante da Anfacer, é importante que haja a consolidação de empresas que possuam unidades com mais competitividade, de olho em "um mercado cada vez mais global".

 O Brasil é o segundo maior produtor mundial de revestimentos cerâmicos. A entidade do setor projeta que a produção brasileira chegará a 895 milhões de metros quadrados em 2012, ante os 845 milhões do ano passado. Do total produzido em 2011, 7% foi exportado.

 As importações somaram 38 milhões de metros quadrados de revestimentos cerâmicos no ano passado, a maior parte do volume originado da China. Em entrevista ao Valor publicada em janeiro, Gaidzinski informou que enfrentar a concorrência dos revestimentos que chegam da China foi, justamente, uma das razões que tinham motivado a associação das duas empresas. Por Vanessa Jurgenfeld e Chiara Quintão Fonte: Valor Econômico 03/05/2012



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