Sócios põem holding Inbrands à venda
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Sócios põem holding Inbrands à venda


A Inbrands, holding que reúne marcas de vestuário de moda, está à venda. O BTG Pactual tem o mandato para a operação, que deverá resultar na venda de 100% da companhia, apurou o Valor. Ou seja, todos os sócios atuais devem deixar o negócio.

A Inbrands é co-controlada pela Vinci Partners (39,47% do capital) e pela NABR (38,49%), veículo que reúne as participações de Nelson Alvarenga e Américo Bréia, criadores da Ellus. O restante do capital está em poder dos antigos donos das marcas adquiridas, que passaram a ser sócios da holding. Estão sob o guarda-chuva da Inbrands as grifes Richards, Ellus, R, Salinas e Mandi. A empresa também comercializa a Tommy Hilfiger no Brasil.

Conforme fontes de mercado, a Inbrands tem conversado com a Alpargatas nos últimos meses sobre uma possível negociação. As conversas se estreitaram depois que a negociação para fundir a Inbrands e a rival Restoque não evoluiu. Procurada, a Inbrands não comentou o assunto. Em entrevista recente ao Valor, o presidente da Inbrands, Michel Sarkis, disse que a empresa buscava meios para se capitalizar e ampliar o número de marcas em seu portfólio, mas não forneceu detalhes de como faria essa captação de recursos.

A Alpargatas informou que “não está comprando a Inbrands, nem tem interesse na empresa”. O BTG e a Restoque não se pronunciaram. Apesar de as conversas entre Inbrands e Restoque não terem evoluído, fontes do mercado não descartam a possibilidade de serem retomadas no futuro.

A Restoque, dona das marcas Le Lis Blanc, John John, Bô.Bô e Rosa Chá, associou-se em outubro à Dudalina. A Restoque tem a Artesia como principal acionista e a Dudalina, o fundo Advent. Nesta semana, a Restoque pretende concluir uma capitalização por meio de uma oferta de 50 milhões de ações, que poderia chegar a 57,5 milhões.

A companhia tinha expectativa de captar até R$ 528,4 milhões com a oferta total. Mas o ano não tem sido muito favorável a essas operações. Segundo fontes, até ontem não havia ordens firmes para a reserva de papéis da Restoque. Mas as indicações são de que pode haver demanda do mercado para o papel a um valor na casa dos R$ 7 ou até mesmo abaixo disso. Resta saber se a empresa vai levar adiante a operação nessa precificação.

Desde que anunciou a oferta, as ações da Restoque acumulam queda de 12,95% e fecharam ontem na BM&FBovespa cotadas a R$ 8. A definição do preço da oferta está marcada para amanhã.

A Inbrands chegou a iniciar, em 2011, uma oferta pública inicial de ações, mas não concluiu a operação por falta de demanda pelos papéis. A companhia tinha planos de retomar a operação em 2013, o que também não se confirmou. Recentemente, a empresa informou que tinha como principal meta para 2015 voltar a analisar aquisições. A Inbrands também havia informado que tinha um plano de aquisições em 2013 e 2014, mas o projeto não foi colocado em prática.

A Alpargatas, por sua vez, teria o desejo de formar uma rede guarda-chuva de marcas e, por isso, teria iniciado negociações. Em outubro, a Alpargatas, dona da linha Havaianas, assumiu controle da Osklen. A companhia informou recentemente que tem como meta para 2015 fazer uma aquisição, possivelmente maior que a da Osklen. A compra de 60% de participação da grife carioca custou à calçadista R$ 318,2 milhões.   Por Ana Paula Ragazzi e Cibelle Bouças | Do Rio e de São Paulo| Valor Econômico  Leia mais em sbvc 10/12/2014




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