Swiss Re quer comprar seguradoras
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Swiss Re quer comprar seguradoras


A Swiss Re, segunda maior resseguradora do mundo, tem planos de aumentar sua atuação no segmento de seguros no mundo, principalmente em mercados de alto crescimento. "De nossas três unidades de negócios, vemos oportunidades de aquisição para a Corporate Solutions nos mercados emergentes", diz Michel Liès, presidente mundial da Swiss Re.

 O grupo suíço tem como principal atividade a de resseguros (espécie de seguro das seguradoras), mas também atua com seguro por meio da Swiss Re Corporate Solutions. O terceiro braço de negócios é a empresa Admin Re, que compra carteiras de seguros de vida.

 Segundo Liès, como a operação de resseguros envolve sempre grandes riscos, atuando apenas como ressegurador o grupo não teria acesso a uma parte importante do mercado, o de riscos menores. Coberturas de pequenos valores normalmente são integralmente absorvidas pelas seguradoras sem que seja necessário dividir o risco com uma resseguradora.

 A companhia vê oportunidades de aquisição de operações de seguros na Ásia e na América Latina, regiões, inclusive, em que efetuou suas últimas compras. No fim do ano passado, o grupo adquiriu uma participação de 15% na seguradora brasileira SulAmérica e de 5% na New China Life, a terceira maior seguradora de vida chinesa. Em fevereiro deste ano, adquiriu 51% da colombiana Confianza, a maior daquele país no segmento de seguro garantia.

 A companhia está participando da concorrência pela carteira de seguros de grandes riscos do Itaú, segundo apurou o Valor. Questionado sobre o processo, Liès disse que a companhia não comenta rumores de mercado. Se fechar negócio, essa carteira se somaria à operação da Swiss Re Corporate Solutions Brasil, que nasceu da compra da seguradora UBF, em 2010.

 O principal executivo do grupo explica que esses investimentos são estratégicos, pois é a forma que a Swiss Re encontrou de aproveitar a expansão dos seguros de varejo nesses mercados. Ele lembra que no passado o grupo teve uma empresa de seguros que também fazia a distribuição das apólices, mas que o modelo não deu certo. Dessa forma, resolveu atuar com seguros corporativos, mas deixando a distribuição para corretores e agentes especializados.

 Liès diz que as metas da companhia nos mercados em que atua são guiadas pela rentabilidade, não pela participação de mercado. Na operação da Corporate Solutions, por exemplo, o retorno sobre o capital médio esperado é entre 10% e 15%. A operação brasileira apresentou um lucro líquido de R$ 9,2 milhões no ano passado, ante prejuízo de R$ 1 milhão um ano antes. O faturamento com prêmios de seguros cresceu 31,6% em 2013, para R$ 260 milhões.

 Já na operação de resseguros, o executivo diz que a estrutura da Swiss Re está completa, com operações nos principais mercados do mundo. A operação no Brasil apresentou um prejuízo de R$ 20,7 milhões em 2013, ante um prejuízo de R$ 2,3 milhões um ano antes. Segundo Liès, o resultado não tem nada de inesperado. Em razão do grande volume de reservas que precisam ser constituídas, é natural nas operações de resseguros que o "break even" (ponto de equilíbrio entre receitas e despesas) leve até três anos para ser atingido.  Fonte: Valor Econômico Por Thais Folego | Leia mais em Seguros-se 12/03/2014



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