Marcas e Empresas
UBS busca aquisição na área de gestão de fortuna
Desde que retomou a operação de gestão de fortunas no Brasil, em 2011, o banco suíço UBS, um dos líderes mundiais nesse segmento, busca ganhar escala no país e agora incluiu entre suas prioridades a aquisição de um "private bank" local.
"A gestão de fortunas é a maior área do banco e o Brasil é uma das prioridades do UBS na região de mercados emergentes globais", afirmou ao Valor Edinardo Figueiredo, diretor de gestão de fortunas do UBS no Brasil. O banco administra R$ 4,9 bilhões na área de gestão de fortunas no país, ainda longe dos tradicionais líderes de mercado.
O grupo suíço confirma que chegou a negociar a compra do segmento de private banking do BNP Paribas no ano passado, mas o negócio não prosperou porque as partes não chegaram a um acordo sobre o preço. O UBS continua olhando a aquisição de outras operações de gestão de fortunas de instituições financeiras, o que, segundo Figueiredo, faz mais sentido para a estratégia do banco de ganhar escala no mercado local.
Para crescer, o UBS também está ampliando seu time de consultores de investimento, que conta hoje com 15 profissionais. Figueiredo conta que a divisão está contratando mais oito pessoas para reforçar a equipe. O executivo comandou a área de gestão de fortunas do Itaú em Zurique antes de assumir o novo posto no UBS no Brasil em 2011.
O banco aprovou este ano um plano de aceleração de crescimento que inclui contratação de profissionais, aquisição de uma instituição financeira focada em gestão de fortunas, além da abertura de um escritório no Rio de Janeiro. "O mercado brasileiro é muito competitivo, e o crescimento vem de eventos de liquidez ou de ganho de escala", acrescentou Figueiredo.
No ano passado, o UBS apresentou um crescimento de 71% dos ativos na área de gestão de fortunas no Brasil, que agrega recursos de clientes com investimentos acima de R$ 5 milhões. Figueiredo acredita que o ciclo de queda de juros, hoje em 7,25% ao ano, trouxe a oportunidade para os brasileiros diversificarem investimentos. E, nesse sentido, o UBS vê potencial para crescimento das alocações em ativos no exterior.
"A demanda por esse tipo de produto começa a crescer, mas ainda é muito pequena", afirmou. O banco já vem realizando investimentos no mercado externo para os clientes de altíssima renda, com mais de R$ 50 milhões em investimentos, por meio da aplicação em fundos lá fora. "Ainda vemos um interesse muito concentrado na renda fixa, principalmente por exposição a mercados emergentes, que ainda oferecem alto retorno."
Figueiredo também vê crescente interesse por produtos de mais longo prazo no mercado local e que oferecem retornos mais atrativos como fundos imobiliários, de crédito privado e "private equity", de participação em empresas. O banco tem optado por trabalhar sob o modelo de arquitetura aberta, em que aplica em produtos de terceiros. Não há a intenção de criar uma gestora para distribuição de fundos próprios.
O UBS, que atende atualmente cerca de 320 famílias na área de gestão de fortunas no Brasil, também tem investido em serviços de aconselhamento financeiro, que envolve não só investimentos, mas consultoria em questões sucessória e de planejamento familiar. "O banco de investimento também nos permite dar todo tipo de suporte nas operações de fusões e aquisições em todas as regiões", acrescentou o executivo. Por Silvia Rosa - Valor Econômico
Fonte: cvmclipping 13/03/2013
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