Vinci vende fatia na Equatorial por R$ 700 milhões
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Vinci vende fatia na Equatorial por R$ 700 milhões


O Fundo de Investimento em Participações (FIP) PCP, gerido pela Vinci Capital Gestora de Recursos, vendeu nesta quarta-feira, 20, em leilão na Bolsa toda a participação que detinha na concessionária Equatorial Energia, por cerca de R$ 700 milhões, ou cerca de 10,5% das ações da companhia, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

O FIP PCP, que reúne recursos de ex-sócios do Banco Pactual, já tinha vendido em leilão, no fim de fevereiro, 10% dos papéis da empresa, levantando cerca de R$ 520 milhões.

O fundo era, até fevereiro, o maior acionista individual da companhia, que controla as distribuidoras Cemar, do Maranhão, e Celpa, do Pará.

Com o leilão realizado em Bolsa naquele mês, a gestora de recursos Squadra tornou-se a maior sócia individual da concessionária de energia, com cerca de 20% de participação. A Squadra já era acionista da companhia desde 2008.

Na operação realizada hoje, a transação iniciou com valores das ações a R$ 32 e encerrou o leilão a R$ 33,91. De acordo com fontes de mercado, investidores nacionais e estrangeiros compraram os papéis. “

O apetite demonstra uma mudança de visão dos investidores, que já estão olhando o mercado de outra maneira”, afirmou uma fonte.

No dia 24 de fevereiro, quando o FIP PCP fez a primeira operação os papéis começaram ofertados a R$ 25,50, encerrando o leilão a R$ 26,50.

A venda foi realizada por meio da corretora do BTG. Procurado, o banco não quis comentar.

No primeiro leilão, a corretora previa vender 3% das ações, mas acabou concretizando a venda de 10% dos papéis que estavam nas mãos do FIP - até então, dono de 22% da empresa.

Em 12 meses, as ações da empresa acumulam valorização de 56% e o valor da companhia está em quase R$ 6,7 bilhões.

Reestruturação

A Equatorial era considerada uma das piores companhias do setor de energia em 2004, quando foi adquirida à época pela GP Investments.

Um ano depois, o FIP PCP, gerido por ex-acionistas do banco Pactual, comprou participação no negócio e, em 2006, a companhia passou a ter seus papéis negociados em Bolsa.

Em 2007, em meio ao plano de reestruturação da companhia, a gestora GP saiu do negócio. A reestruturação da empresa foi feita com base em disciplina financeira e de gestão, que envolveu pesados cortes.

A empresa encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 85 milhões, alta de 484% ante o mesmo período do ano passado, quando totalizou R$ 15 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. | Mônica Scaramuzzo, do Estadão | Leia mais em Exame 21/05/2015




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