Behavior se une à americana Ada
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Behavior se une à americana Ada


Do universo acadêmico para uma sociedade no mundo financeiro. Foi assim que evoluiu o relacionamento de quase dez anos entre sócios da americana Ada Investments e da brasileira Behavior Capital Management para atuação, juntas, no mercado de gestão de recursos. Como empresa que oferece soluções globais de investimentos, especialmente com foco em mercados emergentes, faltava conectar a peça Brasil, afirma o sócio-fundador da Ada, Vinay Nair. "Há uma demanda não atendida por soluções de investimentos em emergentes que combinem expertise regional e know-how internacional", diz Nair, PhD em Economia Financeira pela Stern School of Business na New York University e pesquisador sênior na Wharton School.

Nair conta que a Ada, que administra cerca de US$ 15 milhões, já que inicialmente está focada no dinheiro dos sócios - com a abertura para captação de recursos de clientes, a expectativa é alcançar de US$ 150 milhões a US$ 300 milhões -, vem construindo estratégias para a sua plataforma de investimentos gradualmente, adicionando um país por vez. Além do Brasil, a gestora já acompanha os mercados da Índia, Turquia e Indonésia. Mas nem todas as estruturas são iguais. Na Indonésia, conta Nair, não há sociedade local e, na Turquia, o parceiro só ajuda na parte de execução das operações.

 "O Brasil tem um time único", diz o sócio da Ada Turquia, Bilge Yilmaz, PhD em Economia pela Princeton University e professor de finanças na Wharton School. E o mesmo DNA e filosofia de investimentos, ressalta Nair. Na Behavior, que tem R$ 70 milhões sob gestão, os sócios-fundadores também são acadêmicos. Entre eles, Harrison Hong, professor em Princeton; e Marco Bonomo, PhD em economia pela Princeton e professor da FGV. Tanto a Ada quanto a Behavior foram fundadas em 2010.

 A filosofia de investimento é baseada nas finanças comportamentais. A Behavior opera fenômenos que têm evidências empíricas em diversos mercados e explicações comportamentais, e baseia suas estratégias em modelos estritamente quantitativos. Entre os fenômenos que podem ser explorados, destacam-se o "value" e o "momentum". No primeiro caso, o modelo filtra as ações mais baratas e as mais caras segundo o múltiplo Preço/Lucro, entre as mais líquidas, e são montados pares. Compram-se os papéis mais baratos e vendem-se os mais caros ("long/short"). No segundo, a estratégia explora o comportamento do investidor caracterizado pela demora em incorporar informações novas nas suas análises de preço, esperando que um movimento recente deve se repetir.

 Nair conta que, a partir da sociedade, a expectativa é de transferência de conhecimento entre as gestoras, o que aumentará os fenômenos a serem explorados. A parceria permitirá ainda que investidores brasileiros aloquem recursos em mercados emergentes, assim como os institucionais americanos, e que os fundos locais geridos pela Behavior recebam capital externo. "Mas tudo por meio de uma grande cesta, que é o jeito certo de se fazer. Não dá para concentrar investimentos em um único mercado, seria uma loucura", argumenta, lembrando que lá fora os investidores são sofisticados e apreciam a gestão de risco. "Aqui, tudo gira em torno do retorno: 30% é melhor do que 25% independentemente do risco que se assume."

 O Brasil hoje é um mercado arriscado do ponto de vista macro, admite Nair, mas interessante para começar a construir um portfólio. Hoje, diz, as ações andam juntas, o que dificulta a seleção e a geração de retorno, mas no momento em que houver uma "normalização" do sentimento - isso pode acontecer rapidamente -, os mercados podem andar 10%, 20% em poucos dias. "Se o mercado brasileiro está barato, quem sabe? Mas não está caro", reforça. Por Alessandra Bellotto  (colaborou Catherine Vieira) Valor Econômico
Fonte: clippingmp 21/08/2013



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