EUA toma atratividade de IPOs brasileiros, avalia PwC
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EUA toma atratividade de IPOs brasileiros, avalia PwC


Há diversas empresas com projeto de IPO, porém volta ao mercado deve vir somente com recuperação consistente da bolsa de valores. Nos Estados Unidos, situação é diversa.

 O mercado de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos teve o melhor primeiro trimestre desde 2007. A situação no Brasil, entretanto, não foi tão promissora. De acordo com dados da PricewaterhouseCoopers (PwC), foram realizados 44 IPOs nos EUA no período, um crescimento de 33% em relação ao primeiro trimestre de 2011. A captação, no entanto, foi de US$ 5,8 bilhões, abaixo dos US$ 13 bilhões do ano passado.

 A pesquisa "IPO Watch" indicou que com, uma volatilidade mais baixa no mercado acionário, a confiança do investidor aumentou e ajudou a promover um ambiente favorável aos IPOs. No Brasil, por outro lado, não houve ofertas iniciais encerradas no primeiro trimestre - as três que ocorreram em 2012 foram em abril: BTG Pactual, Locamérica e Unicasa, conforme informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essas ofertas captaram um total de R$ 4,395 bilhões. Desses, R$ 3,656 bilhões foram apenas da operação do BTG.

Segundo César Lucas, sócio da PwC especialista em mercado de capitais, os problemas econômicos globais e seus reflexos na Bolsa têm postergado os IPOs no Brasil desde o ano passado. "O número de empresas em vias de abrir capital é grande. Isso não diminuiu. No ano passado, mais de 40 empresas entraram com pedido de registro na CVM", explica Lucas. "O mercado ainda tem potencial, mas está sofrendo efeito de instabilidade, com uma série de fatores que estão segurando esses projetos", acrescenta. Para ele, apesar do grande número de companhias que deseja abrir capital, o mercado brasileiro não deve ver uma retomada até o desempenho da Bolsa ter uma recuperação consistente.

 Porém, nem a análise fundamentalista nem a gráfica veem um futuro positivo em breve. De acordo com Pedro Galdi, da SLW Corretora, "maio ainda deve continuar sendo afetado pelo cenário de incertezas ", o que deve gerar mais um período de elevada volatilidade.

 Por sua vez, a análise gráfica da Votorantim, o Ibovespa só deve ficar bom mesmo acima de 62.700 pontos. Por enquanto, o índice perdeu o suporte de 60.880 pontos e fechou a sexta-feira a 60.820 pontos. "Apesar do sucesso do IPO ser favorável de maneira geral, ele foi pontual. O que temos visto na grande maioria dos casos é que quem consegue ir adiante na oferta acaba fechando em nível de preço menor do que o previsto", diz Lucas.

 Das empresas que entraram com pedido de registro de oferta no ano passado e desistiram, o destaque fica com a CVC e com as prestadoras de serviços de petróleo e gás. Mas, por enquanto, não há novos pedidos de IPO na CVM para este ano.

 No ano passado foram realizados 11 IPOs, todos até julho, captando R$ 9,9 bilhões.

 Estados Unidos
 O sócio da PwC, César Lucas, indica que a retomada nos Estados Unidos foi mais consistente porque, em meio à incerteza mundial, os investidores migram para áreas mais seguras. E o mercado acionário americano ainda é considerado mais seguro, apesar da crise econômica. "A maioria dos investidores de IPOs no Brasil é institucional e estrangeiro", comenta Lucas, justificando que a mudança de foco desses investidores para os Estados Unidos afeta o mercado local. "Dinheiro para ser investido ainda existe, mas com a retomada do mercado americano no início deste ano, é natural que os recursos migrem para lá", diz.

 Dessa forma, no cenário americano, a expectativa é melhor. Especialmente devido à grande oferta inicial do Facebook, cuja captação é estimada em US$ 13,6 bilhões. À exemplo da empresa de Mark Zuckerberg, o mercado americano tem sido atrativo principalmente para empresas de tecnologia, de acordo com o "IPO Watch" da PwC. Além disso, a indústria de serviços financeiros também tem se destacado.

 "O mercado de IPO deve permanecer forte até o final do ano, com ofertas de empresas de diversos segmentos", diz Ivan Clark, sócio da PwC Brasil. Por Giulia Camillo
 Fonte: Brasil Econômico Online 05/05/2012



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