2011 foi o melhor dos últimos dez anos
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2011 foi o melhor dos últimos dez anos


A última década tem sido bastante favorável para o mercado de seguros. Mas, nenhum ano foi melhor do que 2011.

A opinião é compartilhada pelas principais lideranças do setor, que não esconderam o otimismo quanto à manutenção dessa tendência de crescimento em 2012, apesar da crise econômica que assola a Europa e os Estados Unidos, durante evento realizada nesta quarta-feira, pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). “Pode até ser que esse desempenho espetacular não seja repetido em 2012. Mas, com certeza, teremos um resultado importante”, resumiu o presidente da entidade, Jorge Hilário Gouvêa Vieira

Segundo ele, a poupança constituída pelo mercado de seguros, previdência aberta e capitalização já soma mais de R$ 444 bilhões, o correspondente a 11% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que realça a importância desses segmentos no contexto da economia nacional. Contudo,o presidente da CNSeg lamenta a falta de reconhecimento. “Seríamos ainda mais eficientes se fossemos devidamente reconhecidos pela sociedade, os formadores de opinião e pelos Poderes Executivo e Legislativo”, acrescentou.

Otimista também está o presidente da Federação Nacional de Vida e Previdência (Fenaprevi), Marco Antonio Rossi, para quem 2011 “vai ficar na lembrança de todos”.

Na visão dele, há muito espaço a ser ocupado, até porque “nossa penetração no PIB ainda é muito pequena”.

Marco Antonio Rossi disse ainda que há muito o que comemorar. “A regulamentação do microsseguro e ações tais como o projeto levado pela CNSeg a comunidade do Santa Marta, no Rio, são alguns dos motivos para comemoração”, frisou o executivo, que também preside a Bradesco Seguros e Previdência.

Já o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Jayme Garfinkel, afirmou que a maior prova do bom momento do mercado é que praticamente todas as carteiras apresentaram, este ano, um ritmo acentuado de crescimento.

Na área de seguros patrimoniais, ligada à Fenseg, o desempenho mais discreto curiosamente foi apurado na carteira mais conhecida, a de automóveis, que cresceu “apenas” 6,5%. “Registramos incremento de 16% nos seguros patrimoniais; 53% na cobertura para os riscos financeiros; 19% no ramo de transportes; e 22,5% nas responsabilidades gerais. Foi um excelente ano”, comemorou Jayme Garfinkel, que é também presidente da Porto Seguro.

Na área de saúde, o combustível para o crescimento da receita apurada foi a soma de mais empregos e maior renda. “Este ano foi o mais importante para o segmento de saúde suplementar. Tivemos muitas mudanças na legislação e o número de vidas cobertas cresceu 10%. Acreditamos que os reflexos positivos causados por essa questão da renda e do emprego permanecerão em 2012”, observou o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Márcio Coriolano.

Segundo ele, a única preocupação do setor é a chamada “inflação médica”, que tem forte influência nos custos da saúde suplementar. Para Márcio Coriolano, controlar essa questão é o grande desafio do setor.[7]

Na capitalização, nem mesmo a crise internacional será capaz de reduzir a velocidade de crescimento. De acordo com o presidente da Federação Nacional de Capitalização (Fenacap), Paulo Caffarelli, esse segmento cresceu 15% em 2011 e repetirá esse desempenho no próximo ano. “”Faturamos R$ 13,5 bilhões e devolvemos para a sociedade R$ 11 bilhões na forma de sorteios e resgates. Foram distribuídas em 2011 cerca de 300 mil premiações. Hoje, 40 milhões de brasileiros possuem títulos de capitalização”, assinalou.
Fonte:Jornal de Commercio



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